Orquestra Ouro Preto recebe Fernanda Takai em novo projeto

Gravação será transmitida no próximo domingo pelo YouTube; próximas apresentações terão Alceu Valença, Ana Carolina, Lulu Santos e Diogo Nogueira como convidados


Por Júlio Black

19/08/2021 às 13h02

Fernanda Takai durante a gravação no estúdio Sonastério, em Nova Lima (Foto: Íris Zanetti/Divulgação)

A Orquestra Ouro Preto inicia neste fim de semana uma série de apresentações mensais com grandes nomes da música brasileira. O projeto “Orquestra Ouro Preto SulAmérica Sessions” realiza sua primeira apresentação neste domingo (22), às 18h30, no canal da orquestra no YouTube e perlo canal 500 da Claro TV, com duas sessões. A primeira terá a Academia Orquestra Ouro Preto em interpretações de grandes clássicos da música, como Johannes Brahms e Ennio Morricone, e foi gravada na Igreja do Rosário, em Ouro Preto. Na sequência, será transmitida a gravação realizada no Sonastério, em Nova Lima, que reuniu a orquestra com a cantora Fernanda Takai, da banda Pato Fu, em um repertório de clássicos de Tom Jobim, entre eles “Chega de saudade” e “Insensatez”. As duas apresentações têm regência do maestro Rodrigo Toffolo.

O projeto, patrocinado pela empresa SulAmérica por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, terá mais quatro apresentações: em setembro, será a vez de Diogo Nogueira, com um repertório marcado por canções de Ivan Lins, Cazuza e João Nogueira, entre outros; em outubro, será a vez de Ana Carolina, interpretando parcerias marcantes de sua carreira; em novembro, o convidado é Alceu Valença, que revisita sua trajetória; o fechamento, em dezembro, será com Lulu Santos e seu arsenal de hits.

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De olhos e ouvidos ligados na diversidade

O maestro Rodrigo Toffolo lembra que o projeto, a princípio, seria de apresentações ao vivo em espaços abertos, mas o recrudescimento da pandemia de Covid-19, no início do ano, mudou os planos da iniciativa. Com isso, Fernanda Takai gravou com a orquestra no Sonastério, mesmo local onde Ana Carolina irá se reunir em setembro com os músicos. Diogo Nogueira e Alceu Valença gravarão ainda este mês no Joá, no Rio de Janeiro, em um espaço aberto, enquanto falta definir onde será feita a sessão com Lulu Santos, marcada para outubro.

“Queremos demonstrar essa representatividade musical que temos no país, convidando artistas de origens e gêneros musicais diferentes, sendo que alguns deles, como o Alceu Valença e a Fernanda Takai, já se apresentaram conosco em outros projetos. O Diogo Nogueira vai representar o samba, enquanto o Alceu Valença é o símbolo desse Brasil profundo, e o Lulu Santos é um dos maiores representantes do pop. Queremos mostrar essa diversidade que nos une por meio de ritmos, gêneros e orquestrações diferentes”, explica o maestro.

Além da música, Rodrigo Toffolo destaca que o projeto busca levar para o público um lado mais humanizado do artista, então as apresentações também terão como destaque o bate-papo com os convidados. “Conversamos com a Fernanda sobre como ela se portou nesse período de pandemia e também sobre essa dicotomia entre a Fernanda cantora e a intérprete, o processo de escolha do repertório. É uma forma de mostrar como a veia artística acontece, as decisões são tomadas, e sobre a própria carreira dela, pois a Fernanda tem essa característica fantástica de ser uma mulher que foi líder de uma banda e que inspirou outras meninas.”

Testagem, orquestra reduzida e ar limpo

Ainda que a situação epidêmica, hoje, com a vacinação em marcha, permita que projetos como o “Sessions” sejam realizados, Toffolo destaca que as gravações já realizadas foram feitas com uma série de medidas de prevenção, entre elas a testagem de todos os envolvidos _ entre músicos e equipe técnica _ e com número reduzido de instrumentistas. Ele lembra, ainda, que esse esquema de testagem foi feito em todas as lives da Orquestra.

“Foi a maneira que encontramos para poder manter a distância entre os músicos, que será possível ser visto na gravação de domingo. Além disso, toda a orquestração foi feita sem instrumentos de sopro, apenas cordas e percussão, porque todos tinham que tocar de máscaras, com exceção da Fernanda, mas que também precisou testar antes”, diz. “Mudamos até mesmo os ensaios da orquestra, que costumavam ser de 90 minutos corridos; agora ensaiamos 40 minutos, paramos, deixamos o ar renovar e depois voltamos.”

Além das apresentações do projeto, a Orquestra Ouro Preto terá outras atividades até o final do ano. Pelo menos duas lives estão planejadas, uma delas em 24 de setembro e outra prevista para outubro, ambas no canal da orquestra no YouTube. Mas o grande destaque para o final de 2021 serão os quatro concertos mensais agendados para o Sesc Paladium, em Belo Horizonte, o primeiro em 19 de setembro. “As apresentações vão seguir os protocolos da Prefeitura de Belo Horizonte, entre eles a capacidade máxima de público de 60%. Mas a nossa grande vontade para 2022 é conseguir voltar a realizar os concertos externos com público, e assim apresentar as ‘Sessions’ como idealizamos.”

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