Volkswagen são os que mais encarecem, e T-Cross encosta no Taos
Carros mais vendidos do Brasil têm passado por aumentos constantes na tabela
O valor de alguns dos carros mais vendidos do Brasil tem disparado durante a pandemia. Pois as altas continuam e a Volkswagen é a marca cujos modelos mais encareceram em 2021. No início de julho, a tabela voltou a ser reajustada para cima e, com isso, a versão de topo, Highline, do T-Cross, chega a R$ 155.980. Ou seja, o preço do SUV compacto com todos os opcionais é R$ 395 maior que o da configuração de entrada, Comfortline, do médio Taos, que parte de R$ 155.585.
Seja como for, é importante lembrar que os dois SUVs têm o mesmo trem de força. Ou seja, motor 1.4 turbo flexível de até 150 cv de potência e 25,5 mkgf de torque, e câmbio automático de seis marchas.
Para referência, a versão de entrada, Sense, tem preço sugerido de R$ 92.990. Porém, essa opção tem acabamento bem mais simples, além de motor “menor”. Trata-se do 1.0 flexível, com turbo, de até 128 cv.
De todo modo, os preços de todas as outras versões tiveram reajuste. Com câmbio automático, a 200 TSI agora tem tabela inicial de R$ 114.450 (R$ 1.660 de alta). A da Comfortline subiu R$ 1.900, para R$ 129.290. Já o preço inicial da Highline subiu de R$ 2.060 e agora começa em R$ 138.950 (sem opcionais).
Chama a atenção o preço do Nivus, que passou de R$ 85.890 no ano passado para R$ 100.050. Ou seja, a alta no período foi de 16,5%, ou R$ 14.160. Essa é a tabela da versão de entrada, Comfortline. A de topo, Highline, começa em R$ 114.650. Em ambas o motor é o 1.4 flexível de 150 cv.
Quem quiser o Nivus ‘completão’, da versão mais equipada e com todos os opcionais, terá de desembolsar R$ 117.310. Vale salientar que nada mudou nesses carros. Trata-se, portanto, de aumento real de preço.
Segundo o consultor da ADK Automotive, Paulo Garbossa, os reajustes não estão ligados apenas à alta do dólar. “Tem a inflação, alta da taxa Selic… Está tudo subindo, e isso influencia no custo final do produto. É um somatório de fatores ”
O especialista pondera que o problema é que os salários e a renda não sobem na mesma proporção e velocidade. Além disso, há forte pressão nos preços por causa da alta nos insumos.
Sobretudo do aço, um dos principais materiais utilizados na produção de veículos. Também estão em viés de grande alta os preços de produtos como alumínio e plástico. Bem como de componentes, como pneus.