Suspeitos de tentativa de latrocínio contra médico seguem soltos
Vizinhança do Bairro São Mateus diz estar amedrontada diante da demora na solução do crime
A Polícia Civil continua investigando a tentativa de latrocínio contra um médico de 59 anos, ocorrida no dia 27 de abril na Rua Padre Vieira, no Bairro São Mateus, Zona Sul de Juiz de Fora. Moradores da região dizem estar amedrontados diante da demora na solução do caso, que chocou a vizinhança pela ousadia e uso extremo de violência durante a ação criminosa. Depois de ser agredido, inclusive a coronhadas, o urologista foi baleado no abdômen e de raspão na cabeça pelos ladrões, que invadiram sua casa durante a madrugada de uma terça-feira. Apenas um dos suspeitos foi identificado pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, mas ninguém foi preso até o momento.
“Estamos assustados, porque eles continuam impunes. Antes de ser baleado, o médico foi muito agredido. Todos estão com muito medo. Colocamos concertina e alarme na nossa casa, porque o trauma foi muito grande. Custamos a voltar a dormir bem depois do ocorrido”, desabafou uma moradora da região, que preferiu não se identificar na reportagem.
A esposa do médico, 58, também teria tentado conter os bandidos e foi agredida com coronhadas e chutes, sofrendo lesões na cabeça e nas mãos. Já o filho do casal, 19, conseguiu escapar e acionar a Polícia Militar, mas os assaltantes já haviam fugido, após serem intimidados por três tiros disparados por um vizinho, com sua espingarda calibre 12, registrada na Polícia Federal.
“Com apoio da Polícia Militar, criamos a Rede de Vizinhos Protegidos. Fizemos as plaquinhas, e a inauguração deve acontecer no dia 24”, contou a moradora, sobre as diversas formas que a população local encontrou para buscar mais segurança, diante dos transtornos emocionais causados a todos pelo episódio violento. “Foi um crime muito grave. O médico está vivo por um milagre, mas os invasores continuam soltos. Nada foi feito até agora.”
Outro morador, que também preferiu ter sua identidade preservada, acredita que a investigação está a passos lentos. “Estamos muito preocupados, porque o caso está sendo tratado como só mais um. Mas foi um crime muito sério, um assalto à mão armada na calada da noite. Estamos indignados, porque os ladrões continuam livres.”
Questionada sobre o andamento do caso, a assessoria do 4º Departamento de Polícia Civil não forneceu detalhes sobre o inquérito, não respondeu se suspeitos já prestaram depoimento e nem se já foram feitos pedidos de prisão à Justiça. “Segundo o delegado responsável pela apuração, Rogério Couto de Magalhães Woyame, diligências estão sendo realizadas, e um autor já foi identificado. As investigações prosseguem”, informou a corporação por meio de nota.