Margarida defende cota de 30% de mulheres nos legislativos

Por Paulo Cesar Magella

04/07/2021 às 10h01 - Atualizada 04/07/2021 às 10h01

A prefeita Margarida Salomão, que no início das discussões ainda era deputada federal, é contra o mínimo de 15% das cadeiras nas câmaras municipais, assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados para mulheres previsto no parecer da relatora da reforma eleitoral na Câmara, deputada Renata Abreu (Podemos-SP). Na sua avaliação, a proposta mais razoável é a ampliação dessa cota para 30%, sobretudo com a possível adoção do distritão, que irá favorecer famosos e políticos já detentores de mandato. “Eu e o meu partido somos pelo voto em lista, que é fácil para definir o mínimo de participação de mulheres, porque já na chapa você assegura um número de participação. Com essa discussão que se trava sobre o distritão, uma cota fica subordinada a outras considerações, como o congelamento de um certo número de vagas, para serem preenchidos necessariamente por candidaturas femininas”, observou.

Legislação brasileira está eleitoralmente atrasada

Por conhecer, depois de três mandatos, os bastidores do Congresso, a prefeita acha difícil aumentar a cota para 30%. “O Brasil está muito atrasado especialmente no parlamento. Sou a favor de cotas, que não podem ser inferiores a 30%, que é uma conquista do próprio processo eleitoral. Defender abaixo disso, é um retrocesso. Estamos vendo uma proposta de reforma eleitoral para evitar a renovação, com a adoção do distritão, vantagem para aqueles que já dispõem de mandato. É ruim, porque, definitivamente, precisamos de um parlamento mais representativo e renovado, que dê espaço para as novas lideranças da sociedade brasileira”, destacou.

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