Santa Casa JF: cuidado e pioneirismo em 167 anos
PUBLIEDITORIAL
Hospital se destaca pelo pioneirismo em serviços de cirurgias já no início do século XX e mantém no seu DNA a vocação para inovar e se transformar a cada dia, sempre à frente com novas técnicas e tecnologias em prol da saúde de cada um de seus pacientes
Fundada em 1854, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora está intimamente ligada à história e a evolução de Juiz de Fora, que completa, neste dia 31, 171 anos. Com 167 anos, a instituição é uma das mais antigas desde a fundação da Vila de Santo Antônio do Paraibuna, em 1850. São décadas dedicadas a cuidar e a salvar vidas de milhares de pessoas. Uma missão que segue com amor e cuidado.
A Santa Casa de Misericórdia foi fundada em 6 de agosto de 1854 por José Antônio da Silva Pinto, conhecido como Barão da Bertioga, e por sua esposa, a Baronesa Maria José Miquelina da Silva. Juiz de Fora teve suas bases firmadas na produção de café, sendo a mais próspera economia cafeeira da região, e o Barão de Bertioga era um dos cafeicultores do município.
O livro “Santa Casa de Misericórdia: uma reportagem para a história”, de Miriam Travassos, aponta várias passagens importantes da instituição. Conforme a obra, de 1854 até 1897, há registros apenas de livros contábeis. Em 1897, quando o juiz Braz Bernardino Loureiro assumiu a provedoria, foram inaugurados dois pavilhões e a capela Senhor dos Passos. Nesta época a Santa Casa oferecia dois serviços: de cirurgia e clínica.
Seguindo a vocação de Juiz de Fora para o pioneirismo, dez anos depois, em 1907, o hospital já era destaque nos serviços de cirurgia em diversas especialidades, como urologia, ginecologia, cirurgia abdominal e orto-traumatologia, “demonstrando a execução de técnicas bem avançadas para um centro médico do porte de Juiz de Fora, daquele tempo, ainda nos primórdios do século”.
A cidade vivia em pleno desenvolvimento, quando, em 1911, a Santa Casa contava com vários pavilhões e ganhou uma nova sala de operações. Em 1913, foi construída mais uma enfermaria, pois o número de enfermos havia duplicado.
Rompendo antigos costumes culturais, em 1916, começava a ser difundida a ideia da necessidade de ajuda médica especializada para as grávidas. Os partos aos poucos deixavam de ser feitos nas residências, com a ajuda de parteiras. O serviço de maternidade desenvolveu-se tanto que a Santa Casa foi obrigada a negar entrada às parturientes, pois não dispunha de salas separadas para recebê-las.
“A Santa Casa tem realizado grandes investimentos em tecnologia, pessoas e ampliação da estrutura. Nossa gestão é voltada para a excelência dos resultados assistenciais, esse é o nosso principal compromisso com a população. Neste ano, fomos reconhecidos como um dos 100 melhores hospitais do Brasil no ranking Melhores Hospitais do Mundo da revista americana Newsweek. Sinal de que estamos no caminho certo, e Juiz de Fora também”
Dr. Renato Loures
Presidente da Santa Casa
Novo prédio, atendimento ampliado
Ao passo que a cidade crescia e os serviços da Santa Casa eram ampliados, os então 225 leitos passaram a ser insuficientes, sendo necessária a construção de um novo prédio. Em julho de 1942, foi aprovado o projeto da nova Santa Casa. Mas o lançamento da pedra fundamental só ocorreu em 28 de janeiro de 1948. A data foi escolhida por ser o dia de nascimento de João Nogueira Penido Filho, que doou grande parte de sua fortuna para a construção.
Como citado na obra de Miriam Travassos, sendo Juiz de Fora uma das maiores cidades do interior do país, sede de grande parque industrial, e, portanto, com importante concentração operária, com enorme déficit de leitos hospitalares, foi possível obter o auxílio da União, por intermédio do setor saúde, “logrando a Santa Casa a vultosa quantia de 16 milhões de cruzeiros para os serviços de encargos, obras e equipamentos. Para receber a quantia, a Irmandade Santa Casa assinou um termo de aceitação de auxílio da União onde eram estipuladas obrigações de assistência médico hospitalar gratuita à população pobre. A verba proporcionou notável impulso às obras do novo hospital.”
O estudo de orientação do edifício, executado especialmente para Juiz de Fora, foi feito pelo doutor Antônio Ribeiro de Oliveira, que conseguiu colocar as enfermarias de modo a receberem, no inverno, sol durante quase todo o dia e, no verão, praticamente nenhum, por isso foi construído o edifício em posição quase diagonal à Avenida Rio Branco. Em 16 meses, foram erguidos dois blocos, um de 15 e o outro de 14 pavimentos.
Foram assinados diversos novos convênios com entidades externas, dinamizou-se a venda de jazigos no cemitério Parque da Saudade, racionalizou-se a administração do estacionamento, e as locações dos imóveis foram revistas.
Em 1953, com o reinício das atividades da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora, a Santa Casa passou a servir de hospital escola para a formação de futuros médicos. Um ano depois, no centenário da fundação, ocorreu o primeiro congresso médico de Juiz de Fora.
O primeiro transplante de rins, que também foi o primeiro transplante de órgãos de Juiz de Fora e região, foi realizado na Santa Casa em 1983.
Plasc, referência em plano de saúde
Em 1984, com o hospital sendo provido por doutor Juracy Neves, outra importante fase para a Santa Casa, foi instituído o plano de saúde Plasc. Em apenas três meses, já eram mais de 1.200 associados. E em menos de cinco anos, acumulava 60 mil associados, algo inédito para um projeto local que se transformou no maior plano de saúde da cidade, superando até mesmo grandes marcas.
No mesmo período, a Santa Casa venceu a concorrência para explorar serviços funerários. Com a venda de jazigos do Cemitério Parque da Saudade, que quase triplicaram no ano seguinte, foram injetados mais recursos no hospital. No segundo mandato de Juracy Neves à frente da Santa Casa, em 1987, o Plasc reunia 39.466 filiados, tornando-se a principal fonte de receita da instituição. Em 1993, no Congresso de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, em Campos do Jordão, a Santa Casa recebeu o título de Melhor Hospital Filantrópico do Brasil.
Reconhecimento e inovação nos anos 2000
A história da Santa Casa seguiu com destaque ao longo dos últimos 20 anos. Em 2009, foi conquistado um importante título, o de Hospital Amigo da Criança, que atesta o padrão de excelência no atendimento à mãe e ao bebê. Já em 2013, a instituição foi certificada como Hospital de Ensino pelos Ministérios da Saúde e da Educação. No mesmo ano, o hospital ganhou uma nova hemodinâmica, e a Cemig, em parceria com o Governo estadual, instalou na Santa Casa um sistema de aquecimento solar e reservatórios com capacidade para armazenar 66 mil litros de água quente. O Plasc foi eleito pela ANS o segundo melhor plano de saúde entre as entidades filantrópicas.
No ano seguinte, em 2014, Juiz de Fora entrou para o “Índice das Cem Maiores e Melhores Cidades do Brasil”, levando em conta fatores como saúde e educação. A Santa Casa conseguiu a acreditação ONA e a certificação ISO 9001:2015, alcançando, assim, a visão do hospital de se tornar referência em gestão de serviços de saúde. Também foram inaugurados novos apartamentos nos 11º e 12º andares, nova Unidade Coronariana, Central de Material Esterilizado e Sala de Endoscopia.
Juiz de Fora já ultrapassava seus mais de 500 mil habitantes em 2015, quando a Santa Casa, para atender com mais eficiência e qualidade a crescente população da cidade e região, abriu a nova unidade neonatal. Além disso, o Plasc inaugurou uma clínica da saúde e começou a operar também em Lima Duarte e São João Nepomuceno.
Dois anos mais tarde, em 2017, o Plasc conquistou o primeiro lugar nas vendas de planos individuais em Juiz de Fora e em mais 24 municípios da região, de acordo com a ANS. Neste mesmo ano, foi feito na Santa Casa o primeiro transplante de fígado de Juiz de Fora e região. E, em 2018, a instituição conquistou o selo ONA Excelência, a certificação máxima de Acreditação Nacional, e a renovação do título de Hospital Amigo da Criança, além de se consagrar como a maior unidade transplantadora renal de Minas.
Aos 165 anos, em 2019, a Santa Casa atingiu a marca de mil transplantes realizados e deu início às obras de construção de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva, enquanto o Plasc inaugurava mais duas lojas, uma em Rio Pomba e outra na Zona Norte de Juiz de Fora. No ano seguinte, a Santa Casa firmou-se como o maior e mais completo hospital da região, iniciando os trabalhos na linha de frente do combate à Covid-19 na região.
Atuação na pandemia
Como em outros momentos críticos da história, a Santa Casa vem desempenhando um papel fundamental no cenário da saúde de Juiz de Fora durante a pandemia. Desde o início da crise sanitária, 11.350 pacientes foram atendidos no Serviço de Urgência. Até o último dia 24 deste mês, foram 305 óbitos confirmados por Covid-19 e 767 pacientes que receberam alta após internação. “A Santa Casa tem realizado grandes investimentos em tecnologia, pessoas e ampliação da estrutura. Nossa gestão é voltada para a excelência dos resultados assistenciais, esse é o nosso principal compromisso com a população. Neste ano, fomos reconhecidos como um dos 100 melhores hospitais do Brasil no ranking Melhores Hospitais do Mundo da revista americana Newsweek. Sinal de que estamos no caminho certo, e Juiz de Fora também”, destaca o presidente da Santa Casa, o médico Renato Loures.
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