Baeta aposta em conhecimento, e Tupi é mistério


Por Bruno Kaehler

12/05/2021 às 07h00

O começo do Módulo II do Campeonato Mineiro se aproxima, e os clubes juiz-foranos, enfim, passam a ganhar uma cara ao fechar contratos com jogadores, além de profissionais para a comissão técnica. A partir disso, vão dar início a uma pré-temporada que será de grande importância para o futuro do futebol profissional na cidade, descendente e desvalorizado.

A dupla Tu-Tu terá pouco mais de um mês para formar um time com identidade nas quatro linhas, com jogadores que tenham a predisposição de comprar as ideias de Gustavo Brancão, do Baeta, e Anderson Florentino, do Tupi, em uma competição muito equilibrada, de camisas de tradição no estado, com partidas em campos das mais variadas dimensões e peculiaridades.

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O Módulo II não é competição para qualquer treinador ou jogador. Claro, não traz a nata técnica do futebol brasileiro – obviamente longe disso, mas o torneio demanda, ao mesmo tempo, personalidade com a bola, qualidade nas jogadas aéreas ofensivas e defensivas e o respeito às instituições defendidas por meio da seriedade no trabalho diário, o que tem faltado e muito nas últimas temporadas em Juiz de Fora.

Neste sentido, tenho certeza de que o Tupynambás deu passo importante. Trazer Gustavo Brancão e Wesley Assis mostra que o clube quer se alinhar às ideias modernas de jogo. Mais que isso, busca valorizar o comprometimento dos profissionais em cada atividade desenvolvida. Jovens e estudiosos, os dois certamente vão – e precisam – dar sangue para mostrar organização em suas plataformas desde cada treino. Se vai dar certo, deixemos aos deuses do futebol.

Basta lembrar o Tupi de 2020, com Alex Nascif de técnico nas primeiras rodadas. O time era organizado, mas não vencia. A impaciência em um torneio de tiro curto gerou a queda do juiz-forano do comando alvinegro. Para este ano, seria injusto realizar uma projeção neste momento. Além de não conhecer o trabalho de Anderson Florentino, ainda não sabemos quais atletas realmente vestirão o preto e branco carijó. O próprio presidente, Juninho, sabe que fez uma aposta misteriosa. Tomara que dê certo, pelos torcedores carijós.

Seja na confiança de um trabalho meticuloso, característica dos profissionais anunciados pelo Baeta, ou no mistério em Santa Terezinha – o que não é novidade pelo trabalho de base neste ano -, a curiosidade e a ansiedade crescem. Assim como a minha torcida por acessos, se houver transparência e planejamento profissional.

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