Paulo Delgado faz defesa do parlamentarismo

Por Paulo Cesar Magella

08/04/2021 às 18h08 - Atualizada 08/04/2021 às 18h08

Deputado por 22 anos e constituinte pelo PT, o professor e sociólogo Paulo Delgado, ora sem mandato e sem filiação partidária, considerou que o parlamentarismo é a única forma de o Congresso ter um papel mais assertivo na formulação de políticas públicas. Em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora, ele destacou que o mundo mudou. “Surgiu um novo cidadão, o cidadão virtual, que cobra atitudes, mas fica centrado apenas em um grupo, não dando conta de que as redes sociais são contratadas de fora”. Sindicalista da área de educação, Delgado acentuou que houve um tempo em que as ações eram pautadas por sindicatos, lideranças comunitárias e de bairros, religiosos e empresários. Hoje a base é virtual, mas alertou que pode ocorrer um apagão.

Fundo eleitoral mudou perfil dos partidos

No Pequeno Expediente, que vai ao ar todas as quintas-feiras, de 11h às 11h30, Delgado também chamou a atenção para o papel dos partidos, enfatizando o excessivo número de legendas. Ele questionou o Fundo Eleitoral, que tornou os partidos e os gabinetes autênticas empresas. Hoje, no seu entendimento, os parlamentares são ordenadores de despesa. Delgado é a favor da volta do financiamento privado lembrando que nunca envergonhou seus eleitores ou seus financiadores. Autor da lei que mudou a política de hospitalização psiquiátrica do país, ora fazendo 20 anos, o ex-deputado tem participando de vários fóruns virtuais também analisando essa questão.

PUBLICIDADE

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também