Após transferência de 800 presos do Ceresp, Estado aguarda relatório da Defesa Civil
Na próxima quarta, uma nova vistoria será feita pela Diretoria de Infraestrutura da Sejusp na unidade prisional
Depois de concluir a transferência dos cerca de 800 presos que estavam acautelados no Ceresp, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) aguarda uma nota técnica final sobre a estrutura que abriga a unidade prisional e que apresenta danos pontuais.
O relatório deverá ser emitido pela Defesa Civil da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) nesta terça-feira (6). Na próxima quarta, uma nova vistoria será feita pela Diretoria de Infraestrutura da Sejusp, que segue monitorando o prédio.
“Somente após a nova vistoria e o documento da Defesa Civil teremos mais detalhes sobre as obras e datas”, informou a secretaria, por meio de nota. Os cerca de 800 presos que estavam custodiados no Ceresp foram transferidos para outras unidades prisionais da região entre as últimas quarta e quinta-feira (1º), em ônibus e com todos os cuidados na prevenção à Covid-19. Os locais exatos para onde os detentos seguiram não foram revelados.
A assessoria da Defesa Civil confirmou que o relatório da vistoria será enviado ao Estado nesta terça. Durante o levantamento, o órgão verificou um abatimento do solo na parte lateral e externa do Ceresp, próximo a um muro de divisa. “Neste muro, foram constatadas pequenas fissuras. Mas sem nenhum risco estrutural para a edificação. De forma preventiva, houve orientação para não utilização do pátio (aos fundos da unidade) e do anexo (de celas) adjacente ao abatimento do solo, que já se encontrava desocupado”, informou a Defesa Civil. Conforme o órgão, as providências tomadas são de responsabilidade do Estado, que já foi orientado sobre a necessidade de realizar obras de estabilização e consolidação do solo, além de drenagem pluvial.
Na semana passada, a Sejusp disse que a transferência de todos os presos que estavam no Ceresp ocorreu após a vistoria da Defesa Civil, que apontou avarias na estrutura da unidade prisional advindas do abatimento de terra. A situação, conforme a pasta, comprometeria, inclusive, o fornecimento de energia elétrica. A secretaria descartou como motivação para a transferência dos detentos qualquer relação com a pandemia provocada pelo coronavírus.
Apesar de não ter ocorrido, por parte da Defesa Civil, orientação para desativar toda a unidade prisional, a Sejusp destacou que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) optou pela desocupação integral provisória do local “para resguardar a integridade física de servidores e detentos da unidade”.