Gasolina, que já passa dos R$ 5, deve subir ainda mais em JF

Quarto aumento do ano entra em vigor nas refinarias na sexta-feira e deve ser percebido pelos consumidores nos próximos dias


Por Gracielle Nocelli

19/02/2021 às 07h37- Atualizada 19/02/2021 às 12h47

caso repasse seja feito integralmente, litro da gasolina pode chegar a R$ 5,52. No caso do diesel, valor pode atingir a marca de R$ 4,47 (Foto: Fernando Priamo)

Os impactos de mais um aumento nos preços da gasolina e do diesel, anunciados nesta quinta-feira (18) pela Petrobras, devem ser percebidos pelos consumidores juiz-foranos nos próximos dias. De acordo com a estatal, o reajuste entra em vigor na sexta-feira nas refinarias. Esta será a quarta alta do ano no valor da gasolina, e a terceira, no caso do diesel.

O litro da gasolina subirá R$ 0,23, passando a custar, em média, R$ 2,48 nas refinarias, enquanto o do diesel aumentará R$ 0,34, indo para a média de R$ 2,58 também no início da cadeia. O repasse para o consumidor final deverá ocorrer na medida em que houver renovação dos estoques nos postos.

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Ainda não se sabe se o reajuste será incorporado de forma integral nas bombas. Caso isso ocorra, o valor da gasolina em Juiz de Fora pode chegar a até R$ 5,52, e o do diesel, até R$ 4,47. Os cálculos foram feitos aplicando, integralmente, o valor do reajuste autorizado pela Petrobras ao preço máximo dos combustíveis verificado na última pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) na cidade.

Valores atuais

A pesquisa de preços mais recente da ANP, realizada entre os dias 7 e 13 de fevereiro, mostrou que o valor da gasolina oscila entre R$ 4,87 e R$ 5,29 nos postos de Juiz de Fora. Desta forma, o custo médio atual está em R$ 5,12. Já os preços do diesel variam entre R$ 3,81 e R$ 4,13, mantendo a média de R$ 4,01.

Repasse
Em consulta feita pela Tribuna a alguns postos da cidade, a informação é que, como o anúncio da Petrobras foi realizado nesta quinta-feira, ainda não há detalhes sobre como será o repasse aos consumidores. No entanto, os estabelecimentos admitem que o reajuste nas refinarias impacta toda a cadeia do combustível.

De acordo com a Petrobras, o valor da gasolina pago pelo consumidor final é composto por diferentes fatores. “Nossa parcela é referente ao preço do combustível em nossas refinarias. A carga tributária responde por parte relevante do preço final. Os demais agentes da cadeia de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis, também influenciam na formação do preço final.”

A assessoria da ANP informou que o órgão não é responsável por regular os valores e “não comenta ou faz previsões sobre os preços praticados no mercado”.

Minaspetro não estima prazo para aumento chegar nas bombas

Também procurado, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), por meio de sua assessoria, informou que a entidade “não estima o período para que determinadas baixas ou altas de preço dos combustíveis nas refinarias, aumento de impostos e/ou quaisquer decisões políticas ou de cunho comercial tenham impacto direto nas bombas”.

O conteúdo continua após o anúncio

Em nota, explicou ainda, que os valores praticados no mercado são impactados por outros fatores. “Os postos dependem de decisões e repasses – caso estes aconteçam – por parte dos outros agentes do setor; ou seja, Governo, refinarias, usinas de etanol e companhias distribuidoras.”

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