Bancada reage

Por Paulo Cesar Magella

10/02/2021 às 07h00 - Atualizada 09/02/2021 às 20h00

A pretensão do governador João Doria de assumir a presidência do PSDB, a partir de maio, o que lhe deixaria em posição mais confortável para ser o candidato dos tucanos à Presidência da República, pode fazer água. Num jantar na noite de segunda-feira, já relatado pelos jornais, ele encontrou resistência da bancada e de aliados, como o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que o alertaram das dificuldades que teria pela frente. Pai do líder do PSDB, deputado Rodrigo Castro – que estava no jantar -, o ex-deputado Danilo de Castro observou que Doria só tem controle sobre a bancada paulista, encontrando resistência entre os demais tucanos, especialmente do Norte e do Nordeste do país. Diante da pressão, ele considera que o partido só tem duas vertentes: ser esvaziado, com cada um procurando seu rumo, ou buscar uma outra opção de candidatura, que poderia ser a do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Ele aposta na segunda hipótese.

Aécio não sai

Danilo garante que o deputado Aécio Neves não sai da legenda e vê com bons olhos a possível filiação do deputado Rodrigo Maia (DEM), que ainda está em discussão. “Qualquer reforço é sempre bem-vindo”, destacou. Ex-secretário de Governo de Minas na gestão Aécio e deputado federal, Danilo lembrou que os políticos são pragmáticos e não devem se submeter às pressões de Doria. O próprio jantar de segunda-feira foi precedido de uma reunião na casa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando se traçou a linha de resistência às pretensões do governador paulista.

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