Com Jesus
“Lembremos o Cristo, a luz maior que veio em nome de Deus e viveu entre nós, para nos mostrar que a luta faz parte”
“Ante o mundo moderno, em doloroso e acelerado processo de transição, procuremos em Cristo Jesus o clima de nossa reconstrução espiritual para a vida eterna.”
Iniciamos nossa reflexão com a orientação de Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro Luz no Caminho, que de outrora se faz atual, visto o momento pelo qual passa o planeta Terra. Diante deste tempo, como de outros tantos similares, atravessados individual ou coletivamente, somos todos chamados a elevar o coração no exercício da fé renovadora e no sentimento cristão, a fim de rever posicionamentos e valores e nos fortalecermos diante de novos desafios e aprendizados, aceitando a dificuldade como ensinamento.
Chico Xavier nos informa que, se a preocupação olha em volta, e a tristeza olha para trás, a fé olha para cima. A fé deve buscar o alto. Não a fé que repouse distante da luta, que constitui fuga aos problemas, mas aquela que volta o olhar para a confiança na bondade e amor de Deus, traduzindo-se em vivência na caminhada.
E, no Evangelho de Jesus, encontramos roteiro para a edificação da fé. Lembremos o Cristo, a luz maior que veio em nome de Deus e viveu entre nós, para nos mostrar que a luta faz parte; que o amor é a essência e cura; que a fé do tamanho de um grão de mostarda remove montanhas; que o perdão é força a ser praticada setenta vezes sete vezes; que somos todos irmãos envolvidos pelo amor de Deus. Quanto estiver ao nosso alcance, busquemos, na experiência terrestre, a construção dos valores cristãos, com um tanto de lealdade e renúncia, a fim de que nosso fardo seja mais leve e de que sejamos partícipes da mudança que desejamos no mundo.
Cada dia tem sua lição e traz aprendizado correspondente. Se o mundo atravessa angustioso período de aferição, no dizer de Emmanuel, sigamos com Jesus, para que a tormenta não nos surpreenda o coração. Indaguemos, estudemos, percorrendo as esferas científicas e filosóficas, mas não nos esqueçamos do “amai uns aos outros”, como Jesus nos amou.
Diante da fúria das águas e dos ventos que, certa vez, acometera os discípulos em tempestade no mar da Galileia, Jesus questiona-lhes a fé, todavia não os deixa entregues à sua própria sorte, amainando a tormenta, a fim de fortalecer a confiança dos seus companheiros mais próximos.
Também nós, ainda, não aprendemos a enfrentar as tempestades da vida e nos revelamos despreparados e desesperados diante dos obstáculos e dificuldades da caminhada terrestre. Eis que Jesus ouve-nos o clamor e se faz sempre presente. Que tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir, para assimilar-lhe a presença e as vibrações amorosas: “Por que temeis, homens de pouca fé? Na verdade, na verdade, vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”.
Este espaço é livre para a circulação de ideias e a Tribuna respeita a pluralidade de opiniões. Os artigos para essa seção serão recebidos por e-mail (leitores@tribunademinas.com.br) e devem ter, no máximo, 30 linhas (de 70 caracteres) com identificação do autor e telefone de contato.
O envio da foto é facultativo e pode ser feito pelo mesmo endereço de e-mail.