Os impactos da pandemia em Juiz de Fora


Por Carlos Alberto Bejani Júnior, vereador eleito de Juiz de Fora

22/12/2020 às 06h59

É fato que atravessamos um dos momentos mais difíceis da história, não só de nossa Juiz de Fora, como de todo o planeta.
O impacto severo da Covid-19 se alastra por todos os setores da sociedade, causando danos incalculáveis e sem precedentes.
Além do alto número de óbitos em todo o país, algo que preocupa são os índices da taxa de fome crescendo assustadoramente entre as famílias que obtinham renda entre um e dois salários mínimos. Reflexo do desemprego e da falta de capacidade de diálogo entre máquina pública e setor empresarial.

Enquanto assistimos a empresas com décadas de atuação em Juiz de Fora se degradando economicamente, pequenos e médios empresários sem condições de manutenção dos seus funcionários, testemunhamos também a crescente onda de criminalidade que toma o dia a dia dos juiz-foranos. É o efeito dominó do impacto econômico: menos emprego, maior o risco de uma sociedade violenta.

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Acredito que, em nosso município, se tratando de política pública no combate à pandemia, deixamos muito a desejar. Enquanto poderíamos ter um hospital de campanha instalado nas dependências do Expominas, isolando o foco da Covid-19 fora dos bairros e dos grandes centros, o Poder Público preferiu “pagar para ver” e alimentar o caos em altos níveis de transmissão do vírus nas unidades primárias de saúde (UPAs, postos de saúde) e no próprio Hospital de Pronto Socorro.

O que sentimos com as notícias do mês de dezembro nos faz refletir se a responsabilidade dos danos causados pelo vírus são somente do próprio vírus, ou se atribui também a uma gestão incapaz de compor suas decisões com embasamento não só político, como também técnico e médico.
Como vereador eleito, acredito que teremos pela frente grandes desafios e considero como o maior deles trazer de volta a harmonia entre os poderes Executivo e Legislativo e o setor empresarial. Não se governa sem ouvidoria, e, sem dúvida alguma, acredito que a base da próxima gestão seja entre os pilares que realmente importam para sairmos o menos fragilizados possível deste capítulo atípico.

O prejuízo econômico certamente viria, mas a sua medida se estabelecerá pela tomada de decisões das autoridades locais.
Que Deus, em nome de Jesus, nos abençoe!

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