Domingo de alegria
No próximo dia 13, celebramos o terceiro Domingo do Advento, conhecido como domingo da alegria, isto é, o “domingo Gaudete”. A liturgia nos convida, com mais insistência, a nos preparar para a festa que se aproxima. Tal preparação consiste em purificação e em conversão, mas também deve ser cheia de alegria. Devemos nos alegrar, certamente, por causa do Natal, que celebramos uma vez por ano, mas também porque, habitualmente, Jesus Cristo está perto de nós.
Considerando a grande provação que a humanidade enfrenta desde o surgimento da pandemia da Covid-19, aproveitemos o Advento para rezar e refletir. Diante de tantas perguntas sem respostas, dores e angústias experimentadas, dúvidas e incertezas, é hora de renovar a fé e a confiança em Deus, que sempre nos acompanha. Deus está conosco! Jesus é o Emanuel. Com ele sempre há esperança. Por isso, agora, é tempo de reconstruir a esperança.
Emergiu um novo estilo de vida, por isso muitos se esquecem dessa tão importante preparação, mas não é preciso estar em um tempo para isso. Podemos rezar e nos preparar de diversas formas: grupos de famílias, comunidades paroquiais, famílias em suas casas, grupos reunidos pelas mídias sociais, ou mesmo individualmente. Na certeza de que não estamos abandonados é que se refletirão quatro temas que expressam nossos sentimentos diante da crise: medo, presença, paz e alegria!
Deus vem para a alegria dos pobres. Estamos no tempo do Advento. Tempo de espera, de vigilância e de mudança de vida. É o domingo da alegria! O Senhor está no meio de nós, por isso a liturgia exulta: “Alegrai-vos, o Senhor está próximo”. Antigamente, este domingo era denominado Domingo Gaudete. Essa liturgia nos anima a recordar a alegria do povo de Israel, que, retornando do exílio no Egito, anseia por dias melhores, espera a Boa Nova do Senhor que vem.
O caminho cristão deve ser percorrido na atenção e na vigilância, procurando viver com coerência os compromissos assumidos no dia do Batismo e na fidelidade às propostas de Deus. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, esse caminho deve ser percorrido na alegria.
O cristão é alegre, porque sabe para onde caminha e está certo de que, no final da caminhada, encontra os braços amorosos de Deus, que o acolherá e o conduzirá para a felicidade plena. Nem os sofrimentos, nem as dificuldades, nem as incompreensões, nem as perseguições podem eliminar essa alegria serena de quem confia no Senhor.
Neste ano, passamos por grandes provações, que tocaram a vida pessoal, familiar, comunitária e social de milhões de pessoas em todo o mundo. Mas a força da fé e a esperança nos convidam a olharmos para o alto, e para Belém, para abrirmos os nossos corações e reconstruirmos as nossas vidas sem medo e na confiança de que o Senhor está entre nós.
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