‘Foram as eleições mais difíceis do Brasil’, afirma juiz eleitoral

Votação transcorreu de forma tranquila em Juiz de Fora, apesar das restrições impostas pela pandemia


Por Marcos Araújo

29/11/2020 às 19h52

“Essas foram as eleições mais difíceis do Brasil, devido ao desafio de realizar o pleito durante uma pandemia mundial”, avaliou o diretor do foro eleitoral de Juiz de Fora, juiz José Alfredo Jünger. Todavia, segundo ele, a avaliação do segundo turno das eleições 2020, na cidade, é positivo, uma vez que o eleitor participou colaborando com o processo. “Tivemos muita dificuldade para conseguir mesários. Muitos tiveram que ser dispensados por pertencer ao grupo de risco, o que para nós trouxe grande dificuldade. Por outro lado, o eleitor foi muito colaborativo. A maioria compareceu levando sua própria caneta e não tivemos notícia de nenhum caso, em Minas Gerais, onde o eleitor apresentou problemas por votar sem a máscara”, ressaltou.

Ainda segundo Jünger, no que se refere à parte criminal, uma única ocorrência teria sido registrada ao longo do domingo, o que corrobora para uma avaliação tranquila de todo processo em Juiz de Fora. Segundo a Polícia Militar, um homem de 60 anos foi preso em flagrante, depois de colar um adesivo com a inscrição “Eu voto 13” na cabine de urna eletrônica, em uma seção no Colégio Stella Matutina, na Avenida Itamar Franco, na altura do Bairro Granbery.

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Ele foi preso por crime eleitoral, já que a situação caracteriza boca de urna, e encaminhado para a delegacia da Polícia Federal. Ao longo dia, a Justiça Eleitoral recebeu algumas denúncias de boca de urna, como na porta da Escola Municipal José Homem de Carvalho, no Bairro Santa Efigênia, Zona Sul. Segundo as informações repassadas ao órgão, três pessoas estariam distribuindo material de campanha no local. A denúncia foi compartilhada com a Polícia Militar, para que fosse feito patrulhamento na área.

O chefe de cartório Gilter Silva, da 152ª Zona Eleitoral de Juiz de Fora, destacou que outro fator fundamental para a tranquilidade das eleições foi a rapidez do ato de votar. “O eleitor permaneceu por um curto período de tempo na cabine, agilizando o processo”. Ele também destacou que todos os cuidados que se referem à Covid-19 foram adotados para garantir a segurança do eleitor contra a proliferação do coronavírus, como a disponibilização de álcool em gel para o cidadão que ia entrar na cabine e votação.

Tópicos: eleições 2020

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