Metade dos ônibus da empresa Gil voltam a circular nesta segunda

Trabalhadores retornaram às atividades após recomendação do Ministério Público de Minas Gerais


Por Vívia Lima

02/11/2020 às 19h57- Atualizada 02/11/2020 às 20h04

Três dias depois de o Ministério Público recomendar a manutenção de, no mínimo, 30% dos trabalhadores em transporte coletivo da empresa Goretti Irmãos Ltda (GIL), parte da frota foi vista circulando pelas ruas de Juiz de Fora. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Juiz de Fora (Sinttro-JF), 50% dos ônibus voltaram a operar em virtude de uma liminar expedida pela Justiça. A decisão foi favorável à solicitação da Prefeitura junto ao MPMG para que a empresa retornasse com, ao menos, o percentual de 30%, como exigido em lei.

Desde a última sexta, os cerca de 600 profissionais estavam de braços cruzados devido ao não pagamento dos benefícios pendentes da categoria. Desde então, 37 ônibus deixaram de atender moradores dos bairros Floresta, Caeté, Jardim Esperança, Retiro, Terras Altas, Sarandira, Alto Grajaú, Nossa Senhora Aparecida, Vitorino Braga, Parque Burnier, Bom Jardim, Linhares, Santa Cândida, Aracy, Grajaú, São Sebastião, São Benedito, Vila Alpina, São Bernardo e Nossa Senhora de Lourdes.

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Por conta disso, a PJF autorizou a circulação de vans escolares como forma de “minimizar os impactos e atender as necessidades imediatas da população”.

A Secretaria de Transporte e Trânsito manteve o posicionamento do último sábado, quando garantiu que sempre se pautou no diálogo e respeito com o Sinttro, realizando reuniões e buscando solucionar o imbróglio entre os funcionários e a empresa Gil.

A Tribuna buscou novamente contato com a Gil, sem sucesso. Anteriormente o diretor da empresa, Fernando Goretti, afirmou que os trabalhadores da empresa foram “impedidos (pelo Sinttro) de trabalhar. Ainda segundo ele, o pagamento parcelado foi sugerido em razão das dificuldades financeiras que a empresa enfrenta, cenário que foi agravado pelas circunstâncias impostas pela pandemia. Embora os coletivos tenham voltado às ruas, a reportagem não conseguiu apurar sobre a quitação dos débitos atrasados.

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