Comparação de pesquisas leva tensão à campanha em Juiz de Fora

Por Paulo Cesar Magella

17/10/2020 às 10h00 - Atualizada 16/10/2020 às 15h50

A primeira pesquisa do Ibope sobre as eleições em Juiz de Fora, que tanta polêmica causou, bastando ver a repercussão nos próprios programas eleitorais, surpreendeu por conta da comparação com os levantamentos até então realizados, especialmente pelos partidos. Essa é uma das observações do cientista político Raul Magalhães, ao considerar que a comparação foi inevitável. “Como se sabe, a delegada Sheila Oliveira que aparecia disputando a liderança com empresário Wilson Rezato agora surge em terceiro lugar, bem atrás da professora Margarida Salomão. Essa diferença é significativa e pode ter várias razões, inclusive metodológicas, que nos obrigam a esperar novas enquetes para termos uma visão mais adequada do que se passa.”

Rejeição continua sendo definidora no segundo turno

De acordo com o professor Raul Magalhães, “pesquisas telefônicas são, como regra, mais imprecisas do que tomadas de opinião presenciais. É improvável que o recente início do horário eleitoral seja responsável pela recente reclassificação das posições. De qualquer forma, o grupo dos três primeiros continua com os mesmos nomes e a pesquisa liga o alerta para a alta rejeição de Sheila (47%) e Margarida (43%) bem mais que os 17% de Wilson. Isso simula um cenário de segundo turno tendencialmente favorável ao candidato do PSB, uma vez que quem tem menos rejeição é o principal beneficiário dos votos dos que ficaram pelo caminho. Há tempo de campanha para mudar tudo, vamos observando”, destacou.

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