Separados pelo Isolamento

A pandemia do novo coronavírus tem atingido muito mais do que a vida e a economia, vem abalando os relacionamentos de muitos casais.


Por Thiago Vianna

15/05/2020 às 08h00

Como ficam os relacionamentos que foram separados pelo coronavírus?

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A pandemia do novo coronavírus tem atingido muito mais do que a vida e a economia, vem abalando os relacionamentos de muitos casais. Afinal, a forte convivência diária ou o distanciamento, é uma situação que não agrada todo mundo.

Vencer os desafios do convívio intenso e das inseguranças financeiras, sem sequer poder desfrutar de momentos de lazer ao ar livre, tem transformado o relacionamento de muitos casais em uma situação conflituosa, repleta de desavenças.

Para aqueles casais que não moravam juntos, de uma hora para outra foi preciso escolher entre se relacionar à distância ou enfrentar a realidade de conviver sob o mesmo teto.

Existem também aqueles que já possuíam um casamento estável e viviam juntos, mas que trabalham na linha de frente, por isso optaram por se afastar de suas famílias com medo do risco de contaminação.

Já estamos nos aproximando dos 60 dias de isolamento social e quarentena, durante este período, muitos casais que acreditavam que teriam que manter o isolamento social entre eles, ou encontrar alternativas para vivenciar uma quarentena saudável, administrando suas intensas rotinas de convivência, por 15 ou no máximo 30 dias, por agora, já perceberam que ainda não existe previsão de término dessa situação.

Aceitar que a relação, como costumava ser, não vai mais existir pelo menos por um tempo, é uma grande perda e toda perda envolve luto.

Faz falta receber carinho, estar próximo, sair para se divertir, mas é importante entender e repensar sua visão de amor.

Na visão de amor romântico, amar seria sinônimo de unir-se em um só propósito. No entanto, no atual cenário que os relacionamentos estão vivendo, é importante refletir sobre as várias formas de amar, sem se prender a clichês ou episódios da teledramaturgia. Amar também é querer o bem do outro, entendendo que isso nem sempre envolve ter você por perto.

Cada um de nós aprende a ver o mundo através de sua própria lente, e não é raro esperarmos que o outro também o enxergue através da nossa lente.
É importante nessa hora entendermos que nossos parceiros ou parceiras podem ter reações diferentes diante de uma situação. Respeitar a individualidade antes de pressupor motivos, ou interpretar qualquer mensagem implícita, pode refletir em uma convivência mais passiva e harmoniosa. Assim como dialogar, explicar sua impressão e se dedicar a escutar e acolher tanto o sentimento, quanto a reação do outro, transformando sua relação em uma união baseada na cumplicidade.

Vale a pena investir na criatividade, sair da sua zona de conforto!

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Se você está vivendo um relacionamento à distância, esbanje ousadia e criatividade. Prepare um jantar por vídeo-conferência ou aposte em ideias inovadoras. Já imaginou como pode ser diferente e inusitado praticar sexo virtual? Claro que o contato físico e a troca de carícias são incomparáveis, mas você pode se surpreender com os resultados.

Já, se o seu caso é o desgaste pela convivência intensa, use a imaginação! Promova encontros românticos, prepare um jantar a luz de velas, faça uma maratona por filmes que despertem o amor que existe entre vocês. Existem exemplos fantásticos espalhados por este mundão afora, ou até ideias de fantasias sexuais que podem ser colocadas em prática, desde que tenha o consentimento dos dois, claro! O importante é entender que cada um reage e pensa de um jeito, respeitar as diferenças e ter a certeza de que isso é apenas uma fase difícil, mas que juntos, logo irá passar!

 

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