1º de maio


Por Juliana Netto

30/04/2020 às 07h00

Reprodução: Site | Blog Sigma Car

 

Dias atrás, conversando com uma amiga, discutíamos se, após Ayrton Senna, outra figura do esporte teve o mesmo peso de ídolo que ele.

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E neste momento de nostalgia, com reprises de várias competições do passado na TV, diante da paralisação de provas e torneios durante a pandemia do novo coronavírus, aliado a mais um 1º de maio, o 26º desde a morte do brasileiro, volto a escrever sobre ele, tal como na última coluna.

Para trintões e trintonas como eu, que pouco viram o piloto da Fórmula 1 em ação, chega a ser difícil acreditar que o país parava em frente à TV nas manhãs de domingo.

Nesta conversa aleatória com minha amiga, buscamos nomes de esportistas que passaram próximo ao que representou Senna. Guga? Por tudo que fez, tricampeão de Roland-Garros, líder do ranking mundial em 2000, e, sobretudo, pela história brilhante, o tenista catarinense – se tiver tempo leia “Guga, um brasileiro” durante esses dias de reclusão em casa e conheça um pouco mais da vida de um cara extraordinário – foi eleito por nós como (mesmo a uma distância muito considerável) o esportista mais expressivo pós-Senna.

Ronaldo Nazário? Ronaldinho Gaúcho? Não. Suas trajetórias memoráveis em campo vão por água abaixo nos deslizes da vida pessoal. Neymar? Medina? Jovens demais, ainda com a carreira em aberto e tão polêmicos quanto Fenômeno e R10. Marta? Referência absoluta, mas, infelizmente, a ausência de títulos importantes com a Seleção e a pouca popularidade do futebol feminino não a colocam no páreo.

Tentamos, leitores, outros nomes. Todos sem sucesso.

Obviamente, o fato de ter morrido durante uma prova e a imagem absolutamente impecável do ídolo – trabalhada inclusive após a sua morte, por projetos sociais tocados pela família – distanciam Senna de tudo. De todos.

Lewis Hamilton postou recentemente uma montagem ao lado do tricampeão mundial brasileiro. E Lewis era um menino em 94, que, tal como eu, pouca coisa se recorda do brasileiro. Reverência que corrobora um Ayrton gigante não só no Brasil. Não só por quem o viu.

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Por isso, o 1º de maio, por anos e anos, será emblemático. E admirar Senna, ainda mais nestes tempos de nostalgia, sempre vale a pena.

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