‘Estamos mais inseguros do que aparentamos’, diz antropólogo digital

Autor do livro “Mídias sociais no Brasil emergente”, antropólogo que atua com etnografia ligada ao uso criativo de novas tecnologias avalia o impacto das redes durante e após a pandemia no Brasil


Por Mauro Morais

26/04/2020 às 06h55

ENTREVISTA | Juliano Spyer, antropólogo digital

De repente, o mundo é outro. Indiscutíveis e incontornáveis, as alterações impostas pelo coronavírus perpassam o lado de fora e o lado de dentro da cada um. Mais da metade dos brasileiros dizem estar mais estressados (53,8%), ansiosos (60,3%) e entediados (59,7%) após o período de isolamento. Em contrapartida, 63,2% sentem-se mais saudáveis. Do total de 1.561 internautas entrevistados pela startup de tecnologia Behup, quase metade (49,8%) afirma estar comendo mais no período e se exercitando menos (42,5%). A pesquisa que acompanha a saúde física e mental dos brasileiros durante a pandemia, divulgada no início deste mês, confirma o que é sentimento coletivo: são outros os tempos. O novo comportamento afeta o consumo e se relaciona com o uso das novas tecnologias no país, aponta o head of human insights da Behup, o historiador com doutorado em antropologia pela University College de Londres Juliano Spyer. Nos próximos dias, espera divulgar as pesquisas sobre o interesse espontâneo de muitos brasileiros de, ao fim do isolamento, irem ao shopping e sobre o uso do e-commerce pelos consumidores de baixa renda. Premiado como inovador político em 2019 pela Washington Academy of Political Arts and Sciences, por usar metodologias de antropologia digital para acompanhar a eleição presidencial de 2018 no Brasil, Spyer une etnografia e uso criativo de novas tecnologias. Decifra o comportamento humano por trás dos números.

PUBLICIDADE

Juliano Spyer: "Hoje o smartphone é o verdadeiro computador pessoal do povão. Ele serve para tudo o que é importante: é de uso exclusivo, dá acesso às redes sociais, é mais barato e cabe no bolso". (Foto: Divulgação)Autor de “Mídias sociais no Brasil emergente”, sobre como as camadas empobrecidas utilizam a internet, o pesquisador alerta para a presença de muitos Brasis num mesmo país. “Podemos falar de muitos, mas dá para simplificar entre o Brasil popular, das pessoas que (quando muito) terminam o ensino médio e vivem do trabalho manual; e o Brasil cosmopolita das camadas médias e altas que vivem e se comportam de maneira parecida como populações de classe média de outros lugares do mundo. Muitas vezes a gente não percebe a separação entre esses dois mundos, mas, como diz a antropóloga Claudia Fonseca, maior especialista do país em Brasil popular, o contato que as camadas médias têm com o Brasil do andar de baixo acontece apenas na conversa com a empregada doméstica durante o café da manhã ou no momento do assalto”, aponta ele, em entrevista por e-mail à Tribuna, ressaltando que o enfrentamento à pandemia passa pelo enfrentamento à desigualdade, que, inclusive, têm sido determinante no comportamento em relação ao momento: “Apesar de sabermos racionalmente sobre a gravidade do problema, ainda não despertamos para suas prováveis consequências. Fora quem está passando fome ou vendo as dívidas se acumularem (ou ambos), a vida parece seguir normalmente.”

Tribuna – Para começarmos, gostaria de retomar a noção de sociedade do espetáculo, tão presente em diferentes estudos da segunda metade do século XX. É possível relacionar o conceito às redes sociais hoje?
Juliano Spyer – Os meios digitais estão concorrendo, sim, com os canais de mídia tradicionais para a comunicação de massa, como são jornais e canais de TVs. O debate a que você se refere, de Debord, que cunhou esse termo, pode ser usado para falar de redes sociais, sim. Mas Debord é um teórico marxista e tem uma visão crítica e pessimista do mercado. Podemos falar sobre uso de redes sociais para indivíduos consumirem e produzirem “espetáculos” vazios, mas o fenômeno é muito mais interessante e vasto do que isso. Estamos, por exemplo, fazendo agora um estudo sobre o uso de aplicativos como a “nova feira popular”. As feiras do Brasil popular – não apenas as feiras de alimentos, mas os bazares, as feiras como as de Caruaru, onde se vende de tudo – estão reaparecendo por conta desses novos canais de comunicação digital. Esses meios servem para manter a circulação de dinheiro dentro dos bairros pobres, onde estão os trabalhadores informais mais vulneráveis ao coronavírus. As redes sociais fazem muitas coisas, não apenas espetáculos do indivíduo solitário e desenraizado.

“As redes sociais fazem muitas coisas, não apenas espetáculos do indivíduo solitário e desenraizado”

É comum ouvirmos que “hoje em dia, todo mundo tem um celular”. As pesquisas confirmam essa máxima? Como é o consumo de celular dessas pessoas?
Um dos principais fenômenos do Brasil no século XX foi a migração massiva do interior do Nordeste para as cidades, principalmente do Sul e Sudeste. Para você ter uma ideia, o Brasil dos anos 1950 tinha 30% de população urbana, e no final do século esse número virou de ponta cabeça. Nos tornamos um país predominantemente (80%) urbano, e as áreas centrais das cidades foram rapidamente povoadas e se tornaram bairros periféricos. Essa foi uma transformação com imensas consequências para o país, estando diretamente associada a temas como o surgimento do crime organizado e a popularização do cristianismo evangélico. Nesse contexto de muita separação entre as famílias migrantes e também de aumento do número de mulheres atuando como chefes de família, a comunicação se tornou essencial, e a internet é o canal mais vantajoso e eficiente para essa comunicação individual e em rede acontecer. A importância da internet para o Brasil pobre pode ser notada desde os anos 1990, quando as lan houses se tornaram um modelo de negócios de sucesso nas periferias, e nos anos 2000, com o boom de compras de eletrônicos, especialmente computadores e smartphones. Hoje o smartphone é o verdadeiro computador pessoal (PC) do povão. Ele serve para tudo o que é importante: é de uso exclusivo (ao contrário do computador, que é compartilhado), dá acesso às redes sociais, é mais barato e cabe no bolso.

Para além do espetáculo do indivíduo, você disse dessa potência das redes sociais de fazer circular o dinheiro, por exemplo. Também há uma potência de fazer circular informação. Neste momento de crise como avalia essa circulação de informação sobre a pandemia nas redes?
Tenho a impressão de que o momento de confronto e polarização que coincidiu com a eleição de Bolsonaro fez os debates públicos, que aconteciam, por exemplo, em ambientes como Facebook perderam a intensidade. Isso não necessariamente é bom. As pessoas, especialmente quem não se identifica como petista ou bolsonarista, que são a maioria, tem medo de se expor, de dar opinião, de defender suas ideias. Mas é esse contexto que justifica o crescimento de técnicas e métodos novos de pesquisa, por exemplo, a partir de aplicativos de celular, que conseguem conversar com pessoas diretamente, e não dependem de conteúdo postado em redes sociais. Esse conteúdo é muito útil, mas não deve ser examinado como reflexo do que pensa e sente a sociedade, inclusive porque só quem usa o Twitter são os brasileiros mais escolarizados, que correspondem a apenas 14% da população.

“As pessoas, especialmente quem não se identifica como petista ou bolsonarista, que são a maioria, tem medo de se expor, de dar opinião, de defender suas ideias”

Este momento também tem apontado para a questão da inclusão digital, já que muitos dos que necessitavam do auxílio emergencial não tinham acesso ou não sabiam como manipular as plataformas. Como avalia a inclusão digital no Brasil? Considera mecanismos como esse lançado pelo Governo, com um app e um site, eficientes para esse objetivo?
Conforme conclui no livro “Mídias sociais no Brasil emergente”, o brasileiro pobre usa as mídias sociais de maneira sofisticada. No meu entender, a dificuldade da solução apresentada pelo governo não está na tecnologia, mas na complexidade do processo para formalizar a inscrição e na demanda de uso de comunicação textual para se comunicar com uma população com baixa escolaridade.

Acredita que comportamentos vistos nas redes nesse momento, como as lives, permanecerão após o período de isolamento?
O isolamento forçou muitas pessoas a descobrirem soluções tecnológicas que antes elas podiam ignorar. O e-commerce foi uma dessas soluções que muitas pessoas experimentaram pela primeira vez e de maneira mais consistente agora. As lives já aconteciam antes, mas o que parece ter se destacado no isolamento são os serviços para conversas coletivas por vídeo. Serviços como HouseParty e Zoom aparentemente foram abraçados por muitas pessoas que buscavam soluções simples e eficientes para falar frente a frente com várias pessoas, usando vídeo e áudio. Fiquei sabendo recentemente que as grandes empresas estão correndo atrás desse campo perdido, lançando produtos semelhantes, inclusive Google e Facebook.

“Serviços como HouseParty e Zoom aparentemente foram abraçados por muitas pessoas que buscavam soluções simples e eficientes para falar frente a frente com várias pessoas, usando vídeo e áudio”

Redes sociais como Facebook e Instagram têm checado informações que circulam e enquadrado-as conforme diretrizes da OMS. Como avalia essa iniciativa?
Uma vez, quando morava na Inglaterra, uma amiga me perguntou se eu tinha “curtido” a página da então primeira ministra Theresa May. Eu respondi que não, que não teria feito isso. Ela, então, me mandou a imagem que estava aparecendo na conta dela do Facebook com o anúncio da página da Theresa May e mencionando que eu era um dos amigos desta amiga que havia “curtido” a página. Fui pesquisar o motivo daquilo e descobri que, nas regras de uso do Facebook, está previsto que o serviço curta páginas em seu nome se “ele” [o sistema do Facebook] considerar que você gostaria daquele assunto. E você não será notificado disso porque a curtida aparecerá para os seus amigos, mas não para você. Uso essa experiência pessoal como ponto de partida porque é fácil dar respostas a favor ou contra empresas como Facebook e Google. A questão é que ambas vivem de publicidade e seus anúncios podem ser disponibilizados para segmentos de públicos muito específicos, e foi assim que a campanha de Donald Trump usou essa ferramenta para promovê-lo na última campanha presidencial nos EUA. Como companhia privada, a meta do Facebook é produzir lucro para seus investidores. Entendo que esse serviço e também o Google e tantos outros precisam ser cuidadosos para não arranhar muito a confiança de seus usuários, mas os usuários não são o motivo de existência dessas empresas. Quero dizer, sua missão não é melhorar a vida das pessoas, é gerar lucros. Isso dá margem a que o serviço continue sendo usado de maneiras que nem sempre são claras e podem não ser favoráveis às pessoas. Por exemplo, pelo tipo de publicidade que mencionei, que tira proveito de vínculos de confiança entre pessoas para promover produtos ou causas.

Muito tem sido dito acerca da “internet das coisas”, quando objetos cotidianos estarão interligados e a internet será uma onipresença mais do que hoje. Diante de sua experiência, acredita que essa realidade está próxima de nós? E ela atingirá a todos?
A internet das coisas tem sido uma promessa ainda não cumprida pela indústria. Parece uma espécie de controle remoto de aparelhos eletrônicos, particularmente as TVs mais modernas. Mas gosto muito de poder fazer coisas por comando de voz em vez de apertar botões; isso é incrível e faz a diferença em termos de possibilidades para realizar tarefas. Por outro lado, esses equipamentos são literalmente escutas instaladas com a sua autorização dentro da sua casa gravando tudo o que acontece ao redor. E não temos claro quem está escutando do outro lado. Mas os nossos telefones celulares também fazem isso e parece que, ou não entendemos as consequências disso, ou os problemas apontados são mais suposições do que situações que impactam a vida real das pessoas.

Já é possível identificar uma mudança de comportamento das redes sociais após esse período crítico?
O estudo sobre sentimentos que estamos fazendo, a partir do trabalho inovador da neurocientista Attalya Félix, registra que estamos mais incertos e inseguros do que aparentamos. A pandemia é uma realidade, mas ela ainda não se revelou para o brasileiro da mesma forma como vimos na Espanha, na Itália e agora nos Estados Unidos. Principalmente para o brasileiro pobre, a fome está muito mais próxima do que a peste. A fome é uma velha conhecida, esse vírus ainda não apareceu para a maioria da população. Neste momento em que escrevo (16/04) ele ainda é um número, uma estatística, uma abstração. Isso se reflete no comportamento das pessoas nas redes – e também fora das redes, com a queda acentuada de adesão ao isolamento e ao distanciamento social. A médica suíça Elisabeth Kubler-Ross foi quem teorizou primeiro sobre os estágios psicológicos de pacientes terminais e o primeiro deles é a negação. O clima nas redes parece refletir esse humor: apesar de sabermos racionalmente sobre a gravidade do problema, ainda não despertamos para suas prováveis consequências. Fora quem está passando fome ou vendo as dívidas se acumularem (ou ambos), a vida parece seguir normalmente. E as conversas na rede, me parecem, apontam também nessa direção.

O conteúdo continua após o anúncio

“Apesar de sabermos racionalmente sobre a gravidade do problema, ainda não despertamos para suas prováveis consequências. Fora quem está passando fome ou vendo as dívidas se acumularem (ou ambos), a vida parece seguir normalmente. E as conversas na rede, me parecem, apontam também nessa direção”

É possível agir contra as fake news? Consegue visualizar um cenário de extermínio delas?
Recentemente fizemos uma pesquisa sobre a frustração das pessoas por causa da Covid-19, e muitos participantes responderam estar frustrados porque seus parentes mais velhos não acreditavam no coronavírus e ficavam buscando desculpas para sair de casa. Para responder a sua pergunta: fake news sempre existiu – antes desse novo nome ela era chamada de “boato”. Ela agora se dissemina independente dos meios de comunicação tradicionais, o que é uma consequência esperada de termos mais informação circulando. Mas, como no caso dos idosos que resistem a acreditar na Covid-19, uma questão menos explorada na fake news é quando o leitor está pré-disposto a concordar ou não com um argumento. Se ele ou ela acharem que o assunto é verdadeiro – por exemplo, que o homem tem mais capacidade para a matemática dos que as mulheres – não importa para essa pessoa buscar as fontes para checar a informação. Importa que ele ou ela tenha uma maneira de promover suas verdades.

A política tem a mesma expressividade nas redes sociais de todas as camadas brasileiras?
Não. A gente – das camadas médias e altas – costuma achar que os brasileiros pobres são mais facilmente manipuláveis e que vendem seus votos por lanches e botijões de gás. Essa é uma visão comum de quem não conhece o chamado “Brasil profundo”. Existe, sim, um grande ceticismo do brasileiro pobre em relação à política de governo. Uma noção repetida, que escutei muito durante os 18 meses que fiz pesquisa de campo no interior da Bahia, é a de que “nenhum político é honesto”, e que todos “prometem depois somem”. Apesar disso, o brasileiro pobre é quem depende mais dos serviços públicos e ele ou ela sabe quem fez o quê na prática. Por exemplo, quem “asfaltou ou iluminou a minha rua”, ou quem “construiu a escola do meu filho” ou quem “melhorou as condições do posto de saúde”. Nesse contexto, o brasileiro pobre pode usar menos as redes sociais para falar de política – para não se “queimar” com alguém que poderá ajudá-lo no futuro -, mas usa sua rede de relacionamentos para promover quem ele ou ela acham que trabalhará, sendo eleito, mais a seu favor.

“O brasileiro pobre pode usar menos as redes sociais para falar de política – para não se “queimar” com alguém que poderá ajudá-lo no futuro -, mas usa sua rede de relacionamentos para promover quem ele ou ela acham que trabalhará, sendo eleito, mais a seu favor”

Como o uso das redes hoje pode impactar as eleições deste ano e de 2022?
Este é um período de muitas novidades e aprendizados. Até o século passado, estávamos confinados a “caixas profissionais”. A pessoa era dentista ou arquiteto ou vendedor. A manipulação das opiniões acontece nas redes também porque nós, cientistas sociais e jornalistas, não temos o treinamento para entender o que está acontecendo. Usamos termos importantes como “big data” e “machine learning” sem saber bem o que querem dizer e como eles funcionam na prática. Ter organizações responsáveis para detectar notícias falsas é importante, mas carecemos de, como sociedade, entender o que está acontecendo do ponto de vista técnico e também teórico. E no nosso caso, há ainda o desafio da desigualdade: o jogo da comunicação acontece ao mesmo tempo em campos diferentes, com jogadores diferentes e regras particulares para cada caso. Tem a comunicação tradicional e a que acontece via canais digitais. Nestes últimos, há as atuações abertas e as que acontecem fora da vista, como o uso de “bots”. E esses esforços atingem setores de público que podem ser muito diferentes. Como um cientista social, neste momento, eu gostaria de explicar o que irá acontecer e ajudar as pessoas a superar essas dificuldades, mas há muito ainda a ser entendido, e esse esforço – isto soará como chavão, mas é verdade – deve ser compartilhado dentro da sociedade. Os indivíduos irão se envolver para entender as ferramentas tecnológicas por necessidades diferentes e eventualmente teremos – ou provavelmente teremos – ambientes mais transparentes para a comunicação em períodos eleitorais.

Por fim, analisando o cenário atual, o que acredita já ser possível identificar como mudanças promovidas pelo coronavírus em relação ao uso das redes? Como ficaremos após a pandemia?
Meu orientador no doutorado, o antropólogo Daniel Miller, critica essa ideia recorrente de que estamos sempre em vias de mudar para algo novo, principalmente em função da tecnologia. Ele diz que estamos em contínuo estado de mudanças e que tecnologias não são apenas smartphones e satélites, mas qualquer coisa que é produzido pela cultura. Ele conclui que não há novidade nas mudanças, que essa é a nossa natureza. Por outro lado, precisamos considerar o custo social e econômico que teremos a pagar quando a pandemia for controlada aqui no Brasil. Quantas pessoas terão morrido? Qual será o humor do país? Quais narrativas surgirão para explicar esses acontecimentos durante as eleições? Teremos percebido, enquanto sociedade, que a desigualdade afeta o nosso desenvolvimento e nos expõe a perigos? De que maneira nos aproximaremos, não por ideias ou ideologias, mas por ações, para ajudar as famílias empurradas para a condição de miséria porque seus parentes próximos morreram? Como ficaremos depois da pandemia depende do que ainda vai acontecer no Brasil, o impacto desse vírus, e o que teremos aprendido com isso, do ponto de vista das instituições e também da sociedade.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.