Luta diária
Os gestores se deparam com um cenário inusitado, que implica em tomada de decisões sem saber, necessariamente, suas consequências. Ficar sem ação, porém, é o que menos se espera
O enfrentamento ao coronavírus é uma luta diária. Nada é definitivo. O cenário de hoje, certamente, não será o mesmo do dia seguinte, diante do avanço da doença, que ainda não encontrou um agente para derrotá-la. A China anuncia a sua contenção, mas não a cura por meio de vacinas. Há uma longa jornada pela frente, desafiando governos de todos os matizes.
Ao participar, ontem, do programa Pequeno Expediente, da Rádio CBN Juiz de Fora, o prefeito Antônio Almas admitiu que sua equipe estuda ações de viés econômico para minimizar impactos não apenas sobre o setor produtivo, mas, principalmente, sobre as camadas mais carentes. Na instância federal, várias medidas já estão em curso, mas ainda insuficientes, enquanto nos estados a situação percorre a mesma trilha. No município, a discussão passa por contas de serviços públicos e tributos. Algo tem que ser feito.
A pandemia criou um cenário desafiador. Comércio e indústria estão praticamente parados, mas seus compromissos estão mantidos, a começar pela folha de pagamento; e se não há como cumpri-la, os funcionários, sem receber, ficarão sem meios para prover suas famílias. Trata-se de um processo em que todos perdem. A área econômica, ao lado da saúde, tem que agir com presteza para evitar o agravamento do quadro, que não tem previsões para ser minimizado.
São muitas as sugestões que envolvem acertos e erros, implicando a importância de se acompanhar experiências de outras instâncias que podem dar certo. Só não cabe inação, pois indica paralisia administrativa, algo impensável num momento como esse, em que, mais do que nunca, esperam dos gestores a capacidade de atuar.