Especial Dia Internacional da Mulher: Mulheres que moldaram o empreendedorismo na moda

Nesse dia da mulher, destacamos algumas das estilistas que redefiniram tendências de moda, empreendedorismo e consumo consciente.


Por Carol Neves e Marcela Menezes

06/03/2020 às 09h42- Atualizada 06/03/2020 às 09h45

Com a chegada do Dia Internacional da Mulher, as homenagens ocupam as redes sociais, as nossas caixas de e-mails e a nossa rotina, já que muitas campanhas e reportagens especiais trazem a oportunidade de aprender com as mulheres que admiramos. Muitas delas, admiramos sem nem ao menos conhecer.

Entre as homenagens mais significativas às mulheres empreendedoras do Brasil, a Forbes, principal revista de negócios no Brasil, trouxe em sua capa a empresária e cofundadora do terceiro unicórnio brasileiro, Cristina Junqueira, grávida de 40 semanas.

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Para continuar essa conversa honrando as mulheres que nos servem de exemplo, nós queremos dar destaque às mulheres que influenciaram o empreendedorismo feminino no mundo da moda e que contribuíram para que nós mulheres tivéssemos espaço e muitas das possibilidades que aproveitamos hoje em dia.

 

Jeanne Lanvin

 

Jeanne Lanvin, fundadora da Lanvin, mais antiga casa de alta costura do mundo.

Jeanne foi uma das primeiras empreendedoras no mundo da moda. Ainda no século XIX, ela fundou uma loja de chapéus e, mais tarde, começou a produzir vestidos bordados para meninas, inspirada na filha, Marguerite. Em pouco tempo, a marca Lanvin ficou conhecida pelos looks que combinavam para mulheres e meninas, fortalecendo o elo feminino entre suas clientes.

Jeanne é lembrada por sua estratégia visionária de oferecer um estoque que pudesse atender às suas clientes com decoração, roupas esportivas, lingerie e até roupas masculinas, sinalizando o boom das lojas de departamento que conhecemos hoje.

O logo da Lanvin foi inspirado em uma foto de Jeanne com a filha.

 

Coco Chanel

 

Gabrielle Chanel, mais conhecida como Coco Chanel e fundadora da Chanel.

 

Gabrielle Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, definiu padrões de consumo de moda que usamos até hoje, como o vestido preto que nunca erra e um colar statement para usar em festas! Ela é vista como a revolucionária da moda principalmente por desmistificar o papel da mulher na sociedade ao questionar padrões de comportamento e até mesmo a obrigatoriedade do casamento.

A preferência de Coco por modelagens práticas e confortáveis em vez de vestidos armados resultou em um império da moda e a designer e sua história já foram homenageadas no filme Coco antes de Chanel. À frente da sua marca Chanel, Coco também desenvolveu perfumes que são sucesso desde seu lançamento, como o Chanel nº5.

Desfile da Chanel na Semana de Moda de Paris 2020.

 

Mary Quant

 

Mary Quant revolucionou a moda na década de 1960 com as minissaias e hotpants.

Mary é vista como a criadora da minissaia, isso ainda na década de 1960. Apesar de negar o título e dizer que ela apenas se inspirou na moda que via nas ruas de Londres, Mary é a responsável por tornar mais fácil, prático, confortável e divertido se vestir, usando e abusando de cores e estampas nas suas criações.

Essa influência ainda é percebida em passarelas e no estilo das ruas. Entre as suas criações à frente da marca Mary Quant, ela também foi uma das revolucionárias das hot pants, principalmente acompanhadas de meia calças coloridas.

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Mary Quant (ao centro com look na cor vinho) e modelos vestindo suas criações em 1967.

 

Vivienne Westwood

 

Vivienne Westwood misturando punk e alta costura.

Vivienne é uma referência para consumo consciente quando falamos de moda. Além de ser a designer responsável por unir a cultura punk à alta costura, ela é um ícone por sua abordagem que mistura a ética com a moda. Por aqui, a marca Vivienne Westwood já fez parcerias com marcas de sapato, como a Melissa.

A empresária, designer e ativista por direitos humanos e mudanças climáticas, Vivienne e suas peças trazem uma preocupação com uma experiência de moda que misture responsabilidade social, enquanto defende que a sustentabilidade deve ser uma norma comum a todos negócios.

Vivienne Westwood vestindo uma camisa em que se lê “Compre menos”.

 

Stella McCartney

 

Stella McCartney é a representação de uma moda consciente e elegante no dia a dia.

O principal objetivo de Stella é com a moda ética. Como a designer não esconde seu apoio por direitos dos animais e é vegetariana há muitos anos, as peças da marca Stella McCartney são amadas tanto por ativistas quanto amantes da moda porque misturam materiais que simulam couro e até pele em peças de roupa, bolsas e acessórios. Além disso, outra preocupação de Stella McCartney na hora de produzir seus produtos é tornar as roupas do cotidiano chiques sem muito esforço.

Na Semana de Moda de Paris 2020, as modelos da marca Stella McCartney vestiram looks da estilista e roupas de animais explorados pelo consumo exagerado no planeta.

Essa lista contempla algumas das mulheres que impactaram o mundo da moda e que nos serviram de inspiração com o nosso propósito no Do Meu Closet Pro Seu. Porque moda é sobre isso: é sim para se sentir bem, bonita, empoderada, chique e elegante, mas sempre com a consciência de que o nosso consumo com roupas não deve impactar o nosso planeta nem o nosso dia a dia com preocupações por causa de um look.

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