Polícia investiga incêndio criminoso em madeireira de Lima Duarte

Prejuízo em fábrica chega a quase R$ 3 milhões; câmeras flagraram quatro pessoas encapuzadas


Por Sandra Zanella

12/02/2020 às 17h46

Galpão foi totalmente consumido pelas chamas (Foto: Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar um incêndio criminoso, ocorrido na madrugada do último domingo (9), que destruiu uma madeireira de Lima Duarte, a cerca de 65 quilômetros de Juiz de Fora, causando prejuízo de quase R$ 3 milhões. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, câmeras de segurança revelaram que quatro pessoas encapuzadas invadiram o local. A perícia também apreendeu três garrafas com restos de combustíveis e duas latas de um solvente altamente inflamável, que teriam sido usados para atear fogo em todo maquinário e estoque do galpão, de 400 metros quadrados. O delegado responsável pelo caso, José Márcio de Almeida Lopes, disse que os trabalhos começaram na segunda-feira, mas preferiu não dar detalhes, porque as investigações estão em andamento.

Procurado pela Tribuna, o empresário e dono da SCO Madeiras, Sebastião Cezar de Oliveira, 52, lamentou o incêndio na fábrica que possui desde 2013, na localidade de Manejo. Além de contabilizar o valor dos danos causados em seu patrimônio, estimados em, pelo menos, R$ 2,8 milhões, ele demonstrou preocupação com os 75 funcionários diretos, além dos 80 prestadores de serviço da firma. “Foi na madrugada de sábado para domingo. Um vizinho me ligou que estava incendiando tudo e explodindo. Quando cheguei já estava acabando de queimar. Chamei o Corpo de Bombeiros, que veio de Juiz de Fora”, contou o proprietário. Ele não possuía seguro.

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Segundo o empresário, oito veículos foram inutilizados pelas chamas, sendo seis máquinas carregadeiras, um trator e um caminhão de piso móvel. Também foram perdidos picador, dois descascadores, vasto estoque de madeira, incluindo 300 dúzias de mourão, cerca de 150 pneus, combustíveis, como 20 mil litros de diesel, e dezenas de tambores de óleo, além de diversas ferramentas. “Destruiu a empresa toda. Estou mexendo devagar, tentando recuperar. Jamais poderia imaginar uma coisas dessas”, desabafou Sebastião. Ele espera que a polícia consiga solucionar o caso e identificar os envolvidos no crime.

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