Cozinheira infectada por malária na África tem alta da UTI

Expectativa é de retorno a Juiz de Fora no próximo fim de semana; família segue com vaquinha on-line


Por Sandra Zanella

06/11/2019 às 16h34

Therezinha ficou um mês na África, assistindo crianças (Foto: Arquivo pessoal)

A cozinheira de Juiz de Fora Therezinha Regina da Silva Souza, 52 anos, que luta contra malária cerebral contraída durante missão voluntária na África, recebeu alta da UTI na terça-feira (5). Ela segue internada na enfermaria do Arwyp Medical Centre, em Kempton Park, Joanesburgo. A informação foi divulgada pela filha dela, Natália Carolina Silva Souza, 32. Ao informar sobre o estado de saúde da mãe, a recepcionista lembrou que continua contando com a ajuda de quem se solidarizar com a causa. Para conseguir arcar com os custos do tratamento no hospital particular, foi criada pela família uma vaquinha on-line. O objetivo é arrecadar R$ 80 mil, e até a tarde desta quarta o valor recolhido ultrapassava pouco mais de R$ 12 mil, ou apenas 15% da meta.

Natália também contou que a expectativa é de Therezinha ter alta no próximo fim de semana, quando poderá retornar para o Brasil e para sua casa em Juiz de Fora. Ela começou a apresentar os sintomas mais severos da doença no dia 28 de outubro, quando estava no Aeroporto de Joanesburgo, na África do Sul, prestes a embarcar. A caminho do hospital mais próximo, perdeu todos os sentidos e foi levada para a UTI, onde ficou por mais de uma semana.

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A cozinheira participa há anos das ações sociais católicas vinculadas à Fazenda da Esperança. Ela chegou a fazer bingos, almoços e vendeu pastéis nas ruas, além de ir a pé para o trabalho, a fim de custear a sua primeira viagem internacional, após ter sido selecionada para o trabalho voluntário de ajudar a construir a primeira escola do Grupo Esperança Viva (GEV) em Dombe, Moçambique. O vilarejo foi devastado por um ciclone em março.

Durante o mês que passou na África, entretanto, Therezinha acabou sendo picada pela fêmea do mosquito Anopheles, contaminada pelo parasita Plasmodium falciparum. “Essa ajuda é primordial, porque, infelizmente, não temos condições de arcar com esse valor exorbitante. Não esperávamos passar por isso”, desabafou a filha. O caso também é acompanhado pela Embaixada brasileira.

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