Mindfulness: A busca pelo bem-estar

Conceito é aplicado na arquitetura, com objetivo de estimular o relaxamento e a mente saudável


Por Aletheia Westermann

18/08/2019 às 06h58

O estado de incertezas dos acontecimentos pelo mundo está tendo consequências que, muitas vezes, estão sendo muito prejudiciais à vida das pessoas. Observamos isso todos os dias nas páginas dos jornais: Ansiedade, isolamento e dependências, suicídios… Mesmo com toda conexão extrema, os índices de solidão estão cada vez mais altos. Numa rápida análise na raiz comum do problema, podemos perceber que umas das principais causas é a ausência de bem-estar tanto emocional quanto mental.

Visto isso, desponta o conceito de Mindfulness. Criada por um médico a partir de técnicas meditativas orientais, a prática consiste em prestar atenção ao que acontece no momento, na mente, no corpo e no ambiente, trazendo assim a consciência sobre os pensamentos, os sentimentos e as maneiras comportamentais. Por consequência, isso tende a melhorar seu relacionamento com seu entorno e com aqueles a seu redor, levando as pessoas a terem opções de escolha, melhores respostas aos desafios da vida, e priorizarem o bem-estar.

PUBLICIDADE

Esse debate não poderia ficar de fora da Arquitetura. Diante da vida acelerada que levamos, é mais importante do que nunca tomar medidas para incentivar o estado de mindfulness, garantindo que os projetos de interiores estimulem o processo de relaxar e manter uma mente saudável. Soma-se a isso o slow living, que na prática tem o objetivo de criar um estilo de viver com mais equilíbrio, paz, centrado em aspectos mais cotidianos e direcionado a um modo de consumo sustentável e durável.

A casa, cada vez mais, torna-se abrigo não só para o corpo, mas, principalmente, para a mente. O resultado é o contraponto: residências esteticamente mais leves, verdes, simples e conectadas à natureza e à espiritualidade. Casas que carregam pedaços da história dos moradores. Espaços que refletem valores e acolhem.

Esse movimento adota a proposta de “menos é mais”, mas nem por isso os ambientes precisam se tornar menos acolhedores. Ao contrário. Para isso, invista em peças de materiais naturais, como madeira, couro e cerâmica. A particularidade dos materiais terrosos também acrescenta personalidade e calor ao lar. Abuse da luz natural, que também é um fator importante para a energia das pessoas e da edificação. Projetar formas de melhorar o sono também é uma forma de elevar a resiliência e a capacidade de gerenciar nossas emoções.

E por que não criar uma cozinha sociável ou área gourmet que permitirá aperfeiçoar o tempo que se passa com os amigos e com a família, já que o ato de cozinhar, beber e relaxar pode ser desfrutado por todos? Além disso, se for possível, crie um espaço na sala para momentos conscientes. Uma poltrona confortável de frente para o jardim ou vaso de planta permite que você se conecte com a natureza e se lembre de buscar tempo para relaxar.

Fique off line. As tecnologias, quando mal usadas, costumam ser “ladrões de tempo” na vida moderna. Pense nisso e analise como administrar melhor a sua relação com os dispositivos tecnológicos, para garantir mais tempo de presença e atenção plena.
Afinal, “Não é possível parar as ondas, mas é possível surfá-las”.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.