Ultramaratonista Farinazzo é o 5º melhor no Continental de 100km

Pela Seleção Brasileira, juiz-forano completou a distância em 8h28min51s no último sábado


Por Bruno Kaehler

29/07/2019 às 18h50

Farinazzo, à esquerda, durante trecho do circuito em Bertioga (SP), sob forte calor (Foto: Silvio Pires)

Oito horas, 28 minutos e 51 segundos. Este foi o tempo que o juiz-forano Marco Aurélio Farinazzo, 51 anos, registrou na disputa do Campeonato IAU Continental de Ultramaratona de 100km das Américas, disputado em circuito na cidade de Bertioga (SP), no último sábado (27). O militar da Brigada de Montanha do Exército Brasileiro foi o quinto melhor da prova – o quarto brasileiro, sem parar de correr durante toda a prova. O campeão foi o também brasileiro Felipe Costa da Silva, com a marca de 7h11min41.

“Estava ansioso, preocupado em fazer um bom resultado pelo alto nível dos atletas. Quase todos tinham três, quatro provas mundiais. Eu acho que era o único sem ter feito um de 100km ainda. Iniciei focado em manter minha estratégia, correndo entre 4min30 e 4min45 no quilômetro. Tentei não desgarrar dos brasileiros que conhecia, como o Márcio Oliveira, que tem mais de dez mundiais de 100km. Foi ‘sangue nos olhos’ o tempo todo. Vi muitos atletas indo ao banheiro, estava muito quente, aquele sol de praia e ventando bastante, e disse que eu tinha que compensar nas pernas. Fiz os 100km praticamente sem parar, só reduzindo nos pontos de hidratação. Fora isso, não parei. Foram 100km diretos, assim como os quatro primeiros. O diferencial foi esse”, destaca Farinazzo, primeiro colocado por equipes, ao lado dos colegas de Seleção.

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Convocado de última hora pela CBAt para substituir um atleta lesionado, Farinazzo desfrutou da experiência, em meio às dificuldades obtidas, ao ponto de já pensar no próximo ano. “Foi uma prova muito bonita e dura, com muitas quebradas, porque tiveram que mudar o percurso em cima da hora. Tinha duas entradas em ruas e calculamos 80 retornos de 360 graus, aquele com o cone na rua, e outros 80, de 90 graus, em que vira a esquina, o que quebra muito os atletas. Você tem que parar, reduzir e retomar a velocidade depois da curva. Mas fiquei muito feliz pelo resultado, não imaginava chegar tão na frente, minha preocupação era ir abaixo das 8 horas, mas só os primeiros conseguiram, de outro nível. Foi importante a minha colocação, vou até focar um pouco mais para, quem sabe no ano que vem, de repente conseguir a vaga antes e estar melhor preparado”, projeta.

 

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