Câmara aprova representação contra deputado do Novo

Por Paulo Cesar Magella

11/07/2019 às 14h34 - Atualizada 11/07/2019 às 15h43

A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, uma representação contra o deputado Bernardo Bartolomeu Moreira (Bartô), do Partido Novo, na qual também pede um ato de desagravo “em reparação ao constrangimento público abusivo e ilegal praticado pelo deputado contra a servidora, pedagoga e educadora Fernanda Cristina de Paula Ferreira, , superintendente regional de Ensino desde 2015”. No texto, o autor da moção, Juracy Scheffer (PT) relata o episódio ocorrido no último sábado, quando o Novo realizava seu encontro estadual em Juiz de Fora. Na postagem do próprio parlamentar, ele aborda Fernanda, que também participava do evento, e fala dos princípios do partido com os quais ela concordaria. Ela reage dizendo que não está entendendo a abordagem, quando ele destaca a prisão do ex-presidente Lula. Após o vídeo, Bartô postou fotos de Fernanda participando de atos com lideranças de esquerda, especialmente o PT, destacando ser um contrassenso ela participar do processo seletivo do Novo – ela teria passado pela primeira etapa – quando teria ligações com a esquerda.

Documento diz que parlamentar feriu decoro

Na representação, a ser encaminhada ao governador Romeu Zema, à secretária estadual de educação e ao presidente da Assembleia, Agostinho Patrus, a moção da Câmara destaca que “tal ato configura um excesso às prerrogativas de um membro do Poder Legislativo, ultrajando gravemente o decoro e a ética parlamentar. A forma de abordagem deste deputado estadual à pessoa da Sra. Fernanda Moura foi extremamente abusiva, indelicada e ilegal, violando gravemente a sua pessoa, a sua dignidade e o seu livre direito constitucional de pensamento e manifestação, transgredindo, assim, os direitos e garantias fundamentais reconhecidos e descritos na Constituição Federal. Tal ato configura ainda uma arbitrariedade eivada de autoritarismo, típico de um comportamento fascista, arrogante e preconceituoso, cujas qualidades em hipótese alguma fazem parte do exercício parlamentar que deve ser, acima de tudo, uma atividade republicana dentro de uma relação colegial em vista do interesse público e do bem comum, destaca a moção”.

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