‘Toy Story 4’ estreia com fôlego para mais uma boa aventura
Animação encara o desafio de manter a magia do longa de 2010, que originalmente era a ‘despedida’ da franquia
Há quase 24 anos, mais exatamente em novembro de 1995, “Toy Story” chegou aos cinemas norte-americanos e revolucionou o modo de se fazer animação no cinema. A produção, a primeira da revolucionária Pixar, apresentou ao público uma história emocionante, divertida, com personagens carismáticos, e foi um sucesso na época. E, a princípio, era só para ser aquilo mesmo, com o cowboy Woody e o patrulheiro espacial Buzz Lightyear se tornando amigos – afinal, o estúdio de animação prometera que jamais produziria continuações de suas histórias.
Mas o restante dessa história a gente conhece. Foram necessários apenas quatro anos, a pressão do público, a possibilidade de faturar mais com bilheteria e brinquedos e jogos e outras peças de coleção, para “Toy Story 2” estrear e alcançar sucesso ainda maior, deixando portas abertas para um terceiro capítulo. Lançada em 2010, a produção é considerada a melhor da trilogia, fez milhões chorarem nos cinemas, em casa, faturou mais de US$ 1 bilhão (maior bilheteria da Pixar até a estreia de “Os Incríveis 2”, ano passado) e deu um fechamento digno à franquia, com o emocionante momento em que Andy, entrando na fase adulta da vida, entrega seus bonecos para a menina Bonnie.
Todo mundo feliz, emocionado, bola pra frente, certo? Até porque “Toy Story” faturou o Oscar de melhor animação, tivemos “Divertidamente”, “Viva – A vida é uma festa”, certo? Ledo engano. A Disney, dona da lojinha desde 2006, lançou um parque temático dedicado à serie de filmes em 2018, nada melhor que um novo longa com os bonecos. Eis então que temos “Toy Story 4”, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira.
A produção dirigida por Josh Cooley, prata da casa que estreia na direção, tem como principal desafio criar uma história original e que faça a franquia avançar, uma vez que seu antecessor não havia, a princípio, deixado pontas soltas – pelo menos era o que se imaginava, mas talvez aí exista um pouquinho da receita do MCU (Universo Cinematográfico Marvel), que sempre tem uma porta, uma janelinha que pode ser explorada.
Antes de chegar a esse ponto, o princípio. Depois de entregue por Andy, os bonecos estão aprendendo a viver com uma nova dona, Bonnie, e a menina obviamente tem preferências diferentes do menino dos longas anteriores. Woody, por exemplo, não é mais o boneco preferido, o melhor amigo, e é a vaqueira Jessie a nova queridinha. Mas não demora para surgir um novo preferido: Garfinho, um garfo plástico que a menina transformou em boneco na escola, ao misturar pedaços de arame e um palito quebrado, logo é levado para casa.
O problema é que Garfinho não se vê como brinquedo, mas como algo descartável e que prefere o conforto do lixo. Doido para se livrar da responsabilidade, ele tenta até conseguir fugir, para desespero de Woody. Mesmo não sendo mais o centro das atenções, ele desenvolveu um senso de lealdade para com quem considera seus melhores amigos e não quer que Bonnie sofra com o desaparecimento do novo brinquedo.
O cowboy parte então em busca do Garfinho, e com isso os dois vão parar em um parque de diversões e encontram outros brinquedos. Entre eles está – e olha aí a ponta solta, bem ao estilo MCU – Betty, a boneca pastora que não deu as caras em “Toy Story 3” e que aqui tem explicado o seu sumiço. Depois de ter que se virar sozinha, o antigo crush de Woody se tornou uma figura empoderada, independente, e aí o cowboy de plástico, tecido e espuma terá mais desafios para voltar a salvo para casa.
Toy Story 4
UCI 1 (dub): 16h10. UCI 2 (dub): 14h15, 16h30, 18h45, 21h. UCI 3 (3D/dub): 13h15, 15h30, 17h45, 20h, 22h15. UCI 5 (dub): 17h. Cinemais Alameda 3 (dub): 14h40, 16h45, 19h40. Cinemais Alameda 4 (3D/dub): 14h, 16h10, 18h20, 20h30. Cinemais Jardim Norte 2 (dub): 14h40 (todos os dias), 16h45 (qui, sab, dom), 18h50, 21h10 (todos os dias). Cinemais Jardim Norte 4 (3D/dub): 14h, 16h10, 20h30. Santa Cruz 1 (dub): 16h, 18h15, 20h30.
Classificação: livre