Por ora, ‘o futebol profissional do Sport não volta’, garante presidente

Verdão deve receber boa quantia relativa à transferência do juiz-forano Wesley Moraes para o Aston Villa; Uberabinha também irá buscar benefício


Por Bruno Kaehler

22/06/2019 às 07h00

Jorge Ramos avisa que futebol profissional só voltar se houver parcerias consistentes (Foto: Marcelo Ribeiro/Arquivo TM)

Como um dos clubes formadores do juiz-forano Wesley Moraes, 22 anos, o Sport Club JF segue monitorando as informações sobre a transferência do atacante para o Aston Villa, da Inglaterra, por um valor estimado em 22 milhões de libras – aproximadamente R$ 108 milhões. Independente da quantia a ser recebida pelo clube – uma fatia dos 5% do valor total da transação, como prevê o mecanismo de solidariedade da Fifa -, uma certeza é assegurada pelo presidente do clube, Jorge Ramos. O Periquito não irá utilizar o montante, qualquer que seja, para retornar com a equipe de futebol profissional.

“O futebol profissional não volta. Não adianta, independente do valor que o Sport receber, não irá voltar. De uma forma clara, angu de um dia só não engorda cachorro magro, como se diz. Tenho outras prioridades, a revitalização do clube. Uma parte do recurso que recebemos da primeira transferência canalizamos nas obras para o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Precisamos reformar a estrutura agregando valor ao patrimônio do Sport. Tem o aquecimento da piscina, que é uma realidade. O investimento no patrimônio é a minha prioridade, voltar a oferecer grandes eventos, como o próprio Miss Gay e tantos outros que já tivemos no clube”, explica.

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Ainda segundo o mandatário, o projeto do futebol profissional interessa ao clube, desde que seja isolado à situação do atacante juiz-forano. “O valor ainda não foi confirmado, é apenas especulado, e não sabemos quanto o Sport poderá receber. Ainda tem o percentual do advogado, por exemplo, que será o mesmo da situação do Danilo com o Tupynambás, o Lucas Ottoni. Certo é que não vou arriscar o patrimônio do clube. Gostaríamos muito de estar no futebol profissional, desde que a gente tenha parceiros consistentes para bancar a estrutura”, elucida Ramos.

Uberabinha também irá buscar lucro

Como o mecanismo de solidariedade da Fifa prevê que 5% do montante total das transferências dos atletas sejam destinados aos clubes formadores, ou seja, equipes pelos quais o jogador passou entre os 12 e 23 anos de idade, não é apenas o Sport Club que deverá ser beneficiado. A divisão dos 5%, que deve ser repartida também entre o Itabuna e Atlético de Madrid, entre as possibilidades, possui o juiz-forano Uberabinha como um dos interessados, como explica o presidente da equipe, Sérgio Eduardo, o Dudu.

“O Uberabinha fará jus ao que tem direito. Sei que na transferência para o Brugge demos um mole, não recebemos a verba, mas na venda para o Aston Villa será diferente. É um direito da equipe. O Wesley começou no Uberabinha com 14 anos, em 2010. Na temporada seguinte, ele disputou o Mineiro pelo Sport, mas seguiu disputando a Copa Bahamas por nós, tanto é que foi campeão em cima do próprio Sport. Em 2012 ele jogou o Mineiro pelo Uberabinha e, em 2013, voltou para o Sport”, recorda.

 

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