Juiz-foranos acompanham Seleção Feminina na UFJF: “Somos força e futebol”

Centenas de pessoas vibram com gol de Marta e classificação brasileira às oitavas da Copa do Mundo da França


Por Iuri Fontana, estagiário sob supervisão do editor Bruno Kaehler

18/06/2019 às 21h16- Atualizada 18/06/2019 às 21h19

Como nas duas primeiras partidas, contra Jamaica e Austrália, a Praça Cívica da UFJF recebeu centenas de pessoas na tarde desta terça-feira (18) para acompanharem a transmissão do duelo brasileiro contra as italianas pela terceira rodada da Copa do Mundo de futebol feminino. Com a Seleção em busca da classificação para as oitavas de final, o público na Federal se mostrou atento ao telão na vitória por 1 a 0 sobre a Itália, que garantiu o Brasil na próxima fase.

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Exposta ou mesmo guardada entre os casacos de quem assistia a partida, a camisa canarinha entregava o clima de Copa. Nas costas, um nome e um número em destaque: Marta e o 10. A jogadora foi a autora do único gol da partida, e agora é a artilheira entre homens e mulheres de todas as Copas do Mundo.

Outra camisa que se destacava era do Futebol UFJF, o Centro de Formação de Jovens Futebolistas da instituição, pertencente à equipe de futsal feminina que foi assistir a partida após os treinos. ” A gente vê como uma inspiração. Vemos elas jogando lá e dá mais vontade de participar e treinar mais para conseguir chegar onde elas estão. O sonho de todas as meninas é ser da seleção”, conta a atleta Jaqueline Silva de 17 anos.
Boa parte do público foi composto por universitários, como a estudante de Geografia, Clara Dias. “É muito lindo ver as pessoas reunidas aqui, vindo comemorar. Infelizmente o resto do pessoal não para. Quando é Copa masculina param ônibus, empresa, para tudo. As meninas estão lá representando a gente. Nós somos força e futebol. A gente é o que a gente quiser, o tempo inteiro.”

O evento partiu de uma iniciativa conjunta do Coletivo Maria Maria em parceria com o Diretório Central Acadêmico (DCE) da UFJF. Para as organizadoras, poder transmitir os jogos para um público crescente representa uma conquista, como conta a representante do grupo feminista, Mônica Cury. “Esse é um espaço de luta feminina e nós precisamos ocupar. Lutar por salários iguais e premiações iguais. Nesse evento, parece que a gente está apoiando só o futebol, mas estamos apoiando também as jornalistas, as árbitras, a comissão técnica”, elucida.

Após a vitória e a classificação, as organizadoras já planejam as próximas transmissões. “Não é só um evento esportivo. Não é só para torcer para o Brasil. Tanto que a nossa ideia é transmitir a final da Copa mesmo que o Brasil não esteja, porque é um evento feminista”, conclui Mônica.

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