Torneio de pôquer tem R$ 5 mil em premiações e reúne jogadores da região

Clube juiz-forano recebe competição neste sábado (27) com R$ 75 de inscrição e ao menos R$ 2 mil ao campeão


Por Bruno Kaehler

25/04/2019 às 16h36

O pôquer segue em ascensão em Juiz de Fora. Prova disso é que neste sábado (27) cerca de 60 jogadores da cidade e região são aguardados para a disputa de torneio com R$ 5 mil garantidos, que começará às 14h no Spadas Poker Club (Av. Rio Branco, 2189, 16º andar, Centro). As inscrições custam R$ 75 (10 mil fichas) com possibilidade de serem realizadas até 2h40 após o começo, no oitavo nível dos blinds. Há, neste tempo, chance de rebuy – a recompra de 14 mil fichas pelo mesmo valor, ou duplo rebuy, de 30 mil fichas, a R$ 150. Os inscritos ainda irão receber 5 mil fichas de bônus se levarem 1kg de alimento não perecível que será doado à LBV.

Entre os participantes  no sábado está o empresário Roberto Scafuto, 35 anos. Campeão de torneio similar em novembro do ano passado, ele relatou à Tribuna aguardar um evento repleto de amigos conquistados no esporte da mente. “Espero que o pessoal todo esteja lá para se divertir, confraternizar e também competir. Tomara que a casa esteja lotada, o pôquer está evoluindo na região. Alguns torneios tiveram pessoas de fora como Barbacena, Itaipava, Petrópolis, São João del-Rei, Matias Barbosa, então sempre vem gente de fora e temos contato com esse pessoal”, destaca.

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Premiação de torneio de 5k do ano passado com Leonardo Herédio (esquerda), vice, Roberto, campeão ao centro, e Vicente Lopes, terceiro colocado (Foto: Arquivo pessoal)

Além do aspecto financeiro, já que o torneio reserva ao campeão ao menos R$ 2 mil (40% da premiação total mínima), Scafuto vê como diferencial do pôquer o ambiente durante os jogos.

“O que me atrai nesses torneios primeiro é o hobby. É muito prazeroso jogar pôquer, é um esporte respeitoso até como o tênis. Os jogadores se respeitam e você consegue fazer novas amizades, está todo mundo sempre se encontrando. É como o futebolzinho, o encontro da turma, um grupo sempre reunido para jogar. A maioria dos jogadores de Juiz de Fora se conhece. E tem a diferença desses torneios presenciais em relação ao online e ao cash. Você pode ter o feeling de estar olhando no rosto do oponente, aí você usa a psicologia do pôquer para obter informações, diferentemente do online. E no cash você tem uma variância muito grande, pode ganhar e perder muito mais dinheiro. Jogo pouco esse estilo. O que me atrai também é a competição, querer ganhar, estar na frente”, relata o empresário.

Menos preconceito, mais pôquer

Scafuto conheceu o pôquer em 2004 e, desde então, passou a estudar sobre o jogo e acumular experiências em outras cidades, normalmente em torneios como o de sábado, além dos encontros em casas de amigos. Reconhecido como esporte da mente pelo Ministério do Esporte em 2012, o pôquer, segundo ele, tem sido menos alvo de preconceito com errôneas relações com  jogos de azar.

“Hoje em dia eu quase não vejo preconceito quando digo que vou jogar pôquer. Claro que existem algumas pessoas ainda que não conseguem ter essa percepção. Mas nele você pode ganhar com a pior mão, usar a psicologia. E a cultura do pôquer está sendo muito disseminada, pessoas famosas são filmadas, fotografadas jogando como Neymar, Ronaldo Fenômeno, só para citar alguns exemplos. Inclusive muitas mulheres são adeptas. Em outubro fui para a fase final do Campeonato Mineiro, e várias mulheres estavam jogando, entendem do esporte. Tem muitas profissionais na área, assim como os homens. E hoje em dia não tem aquilo de que você vai apostar e perder uma fazenda, um carro. É claro que em alguns jogos existem pessoas que apostam alto, mas nos torneios a grande diferença é que você paga a inscrição e é como se fosse uma corrida, o último que sobrar é o vencedor. Então você sabe o quanto está dispondo. A pessoa que vem sabe o quanto vai gastar, a premiação que vai ter, tudo em um ambiente bem saudável”, destaca.

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