Alunos da UFJF participam de competição mundial

Quatro equipes foram selecionadas entre mais de 200 mil inscritos no mundo; estudantes arrecadam fundos para viajarem para México, Equador, Malásia e Austrália


Por Gracielle Nocelli

24/02/2019 às 07h00- Atualizada 25/02/2019 às 11h54

Alunos da UFJF estão entre os representantes do Brasil na competição mundial sobre empreendedorismo social Hult Prize. Divididos em quatro equipes, eles criaram startups que tinham como objetivo desenvolver ideias que atendessem o tema “como estimular todo o potencial dos jovens para se desenvolverem economicamente, socialmente e em comunidade, possibilitando a criação de dez mil empregos na próxima década.” Os quatro projetos idealizados pelos universitários foram selecionados entre mais de 200 mil inscritos em todo o mundo. Agora, os grupos devem se apresentar no México, no Equador, na Malásia e na Austrália para disputarem a etapa que antecede a grande final, prevista para ocorrer em Nova Iorque. Para angariar fundos para custeio das viagens, os estudantes criaram vaquinhas virtuais.

Equipe JournBe: Sabrina, Anna, Gabrielle e Nayara (Foto: Arquivo pessoal)

Criada pelas universitárias Sabrina de Oliveira Castro, Nayara Medeiros, Gabrielle Costa e Anna Beatriz Bargo, a JournBe tem a proposta de revolucionar a maneira como as pessoas aprendem. “A plataforma identificará o perfil do usuário e o objetivo que ele quer atingir. A partir daí, serão indicadas atividades para que ele trabalhe os pontos que deseja. Esse conceito fast coach permitirá também que o usuário personalize algumas atividades. Através dessas jornadas, será possível desenvolver competências multidisciplinares, alinhadas com seus objetivos”, explica Sabrina.

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A equipe irá viajar nos próximos dias. A apresentação será feita nos dias 1º e 2 de março na Cidade do México. Quem quiser contribuir pode acessar a internet. “Ter a experiência de participar de uma competição de empreendedorismo estudantil tão grande é gratificante. Aprendemos muito em todos os momentos e vivenciamos como é tirar uma ideia do papel e executá-la”, destaca Sabrina.

Ensino com games

Equipe MindSchool: Bernardo, Theo, Lucas e Arthur (Foto: Arquivo pessoal)

A ideia dos estudantes Arthur Valle da Mota Couto, Theo Mesquita Belgo, Lucas Guimaraes da Rocha e Bernardo Netto Machado foi construir uma plataforma que permitisse o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e, ao mesmo tempo, promovesse o ensino por meio de games. Foi assim que nasceu a Mind School. “Nós tornamos provas em missões, vestibulares em chefões, notas em experiência e anos escolares em níveis”, exemplifica Arthur.

Por meio da plataforma, o usuário fornece dados que podem ser usados para identificar desvios. “Pode ser que João, que sempre foi bom em Matemática, agora teve notas mais baixas. Isso pode ter acontecido por falta de horas de sono, má alimentação, dentre outros motivos. Nós analisamos e sugerimos o auxílio profissional.” Os representantes da Mind School estarão em Quito, no Equador, nos dias 26 e 27 de abril. As contribuições podem ser feitas pela internet.

Mercado, tecnologia e diversidade

Equipe Estonteco: Luísa, Lorena, Ingrid e Fabrício (Foto: Arquivo pessoal)

Na tentativa de solucionar a disparidade observada entre o ensino oferecido nas faculdades e as exigências do mercado em relação às novas tecnologias, o grupo formado por Fabrício Medeiros, Ingrid Coutinho, Lorena Rodrigues e Luísa Godinho criou a Estonteco, uma plataforma on-line que dissemina o conhecimento sobre inovações. A apresentação do grupo será no dia 29 de março na cidade de Kuala Lumpur, na Malásia. A arrecadação para o custeio da viagem é feita pela internet.

Para Ingrid, a participação no Hult Prize é uma experiência enriquecedora. “É uma oportunidade única de o estudante se conectar com um ecossistema de impacto global. Se você sente que pode fazer diferença no mundo e quer uma oportunidade pra isso, o Hult Prize é uma grande porta de entrada.”

Equipe Okai: Pedro, Hudson, Jessica, e Letícia (Foto: Arquivo pessoal)

A proposta de tornar as oportunidades mais justas é o foco da startup OKAi, idealizada pelos alunos Hudson Borges, Jéssica Maria da Silva, Pedro Reis e Letícia Alves. “Somos jovens, negros e estudantes de universidade pública que se preocupam com a diversidade e com as oportunidades para as minorias.

Acreditamos no poder da diversidade, da tolerância e da cooperação para podermos, juntos, sermos mais fortes e promover mudanças de grande impacto”, define Hudson. “A nossa proposta é oferecer aos jovens a primeira experiência profissional aos recém-formados por meio da oportunidade de resolver problemas sociais em sua área de atuação.” O grupo apresentará o projeto nos dias 12 e 13 de abril em Melbourne, na Austrália. A contribuição para a viagem pode ser feita pela internet .

Equipe Estonteco: Luísa, Lorena, Ingrid e Fabrício

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Equipe MindSchool: Bernardo, Theo, Lucas e Arthur

Equipe Okai: Pedro, Hudson, Jessica, e Letícia

Equipe JournBe: Sabrina, Anna, Gabrielle e Nayara

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