Vereadores querem mais tempo para CPI dos ônibus

Por Paulo Cesar Magella

15/02/2019 às 19h19 - Atualizada 15/02/2019 às 19h19

O vereador Adriano Miranda, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o sistema de transporte coletivo de Juiz de Fora, pediu a prorrogação do prazo por mais 60 dias sob o argumento de ainda não ter concluído o processo de avaliação de todos os documentos colhidos nesta etapa. Ele destaca que a meta era concluir os trabalhos dentro do prazo previsto, mas várias questões acabaram atrapalhando. Os vereadores recolheram 30 mil páginas de documentos e reclamaram da ausência de um scanner para digitalização do material. Mas, no pedido, o presidente da CPI questionou as primeiras ações da nova Mesa Diretora. “De bom alvitre ressaltar ainda que, infelizmente, o trabalho desta CPI também sofreu atrasos por questões de ordem interna desta Casa Legislativa, entraves estes verificados, mais especificamente após a sucessão da Mesa Diretora/Presidência desta Casa para o biênio 2019/2020, com destaque para desmonte da equipe técnica de servidores da Câmara designados para apoio técnico desta CPI pela Mesa anterior”. O pedido, lido na sessão dessa sexta-feira, deve ser votado na segunda-feira.

Previdência na pauta

O debate sobre a reforma da Previdência chegou à universidade. O Diretório Central dos Estudantes da UFJF, em parceria com a Frente Brasil Popular, destacou em nota que “o desmonte da aposentadoria, iniciado por Michel Temer, atinge os direitos trabalhistas de todo o povo brasileiro”. Por conta disso, vai promover no dia 22, às 18h30, no auditório do Museu de Arte Murilo Mendes (antiga Reitoria), um debate para avaliar o tema com a presença confirmada da deputada Margarida Salomão (PT), do deputado Roberto Cupolillo (Betão, PT), do dirigente estadual do MST Ney Zavascki e do professor doutor em políticas públicas e formação humana Helder Molina (UERJ).

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Só uma homenagem

O governador Romeu Zema quer passar a borracha nas muitas homenagens feitas pelo Estado com a entrega de medalha. Com a pretensão de economizar alguns milhões de reais, ele deve propor à Assembleia que seja mantida apenas a Medalha da Inconfidência, que acontece sempre no dia 21 de abril, em Ouro Preto, considerada a mais alta honraria concedida pelo Governo, cujo último custo foi de R$ 631.959. Zema vai sugerir, ainda, que este ano a medalha seja entregue às Forças Integradas de Segurança que atuam no socorro e na proteção às vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho.

Custo com medalhas

Para justificar sua decisão, o governador divulgou, ainda, o valor das demais homenagens e que deverão ser tiradas do orçamento do Estado. Medalha Dia de Minas Mariana – R$ 714.478; Entrega de Medalha JK – R$ 416.067; Medalha Santos Dumont – R$ 389.399; Medalha Matias Cardoso – R$ 277.477; Comenda Antônio Secundino – R$ 175.429; Medalha Chico Xavier – R$ 137.217; Medalha Teófilo Otoni – R$ 88.312; Medalha do Mérito da Defesa Civil – R$ 77.607; Medalha Calmon Barreto – R$ 37.867; Medalha do Mérito da Advocacia-Geral do Estado – R$ 1.320; Gastos com a compra de medalhas em 2018 – R$ 263.898.

Combustível em audiência

No primeiro dia de reuniões ordinárias de fevereiro, a Câmara aprovou, nessa sexta-feira, requerimento do vereador Marlon Siqueira (MDB), com a assinatura dos vereadores Vagner de Oliveira (PSC), Kennedy Ribeiro (MDB), Júlio Obama Jr. (PHS) e José Márcio (PV), pedido de audiência pública para discutir o alto preço do combustível praticado em Juiz de Fora (em comparação com outras cidades próximas). Recentemente, a Tribuna mostrou os valores cobrados em Juiz de Fora. Na justificativa, o autor do pedido destaca que as reclamações de cidadãos relativas à alta de preço dos combustíveis em postos revendedores, que não estariam reduzindo os valores mesmo em situações em que há queda de preço em refinarias ou distribuidoras, o motivaram a solicitar a audiência, que deve ocorrer em março.

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Paulo Cesar Magella

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