Responsabilidade compartilhada: o desafio das organizações

É possível organizar, planejar e propor mudanças, ajustes e adequações necessárias para a transformação e o fortalecimento dos empreendimentos


Por Marco Antônio de Mendonça, analista do Sebrae Minas

12/02/2019 às 08h00- Atualizada 12/02/2019 às 08h12

Um dos maiores desafios das organizações é analisar e compreender os pontos fortes e fracos dos produtos – do processo de criação até o fim da vida útil –, dos empreendimentos e, principalmente, do seu público consumidor, para entender seus desejos e necessidades. A partir daí, torna-se fundamental adaptar os diversos setores das cadeias produtivas na busca da excelência. É possível organizar, planejar e propor mudanças, ajustes e adequações necessárias para a transformação e o fortalecimento dos empreendimentos.

As entidades privadas e os órgãos públicos devem apoiar os investidores a colocarem isso em prática, seja no processo de abertura, maturação ou ampliação dos negócios. Todos devem ter foco para ser relevantes e efetivos na busca de resultados cada vez mais admiráveis e compartilhados. Além disso, outra questão de suma importância é a conscientização e a mudança comportamental que deve partir dos próprios empreendedores – estes devem participar de capacitações como forma de aprimorar o conhecimento dos processos produtivos, técnicos e gerenciais disponíveis, sempre no intuito de agregar valor aos produtos entregues ao consumidor, com quem devem manter uma interação cada vez mais forte.

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Esse conjunto de ações poderá resultar em uma atuação mais participativa e compartilhada – ou seja, construída com os diversos setores da sociedade. As cadeias de responsabilidade envolvem, por exemplo, fabricantes, fornecedores, distribuidores, importadores, comerciantes, consumidores e profissionais responsáveis pela coleta e direcionamento do lixo para a reciclagem, dentro de um plano estruturante com foco nos resultados e no crescimento sustentável. Acredito que essas iniciativas resultarão em mudanças comportamentais por parte dos responsáveis pelos empreendimentos e, principalmente, dos consumidores. Vale observar que, em Minas Gerais, várias empresas estão cumprindo uma agenda de atividades voltadas para a melhoria da qualidade dos produtos e a expansão de mercados.

Outra questão relevante diz respeito às cadeias de resíduos sólidos, ao desperdício de material e à poluição gerada pelos agentes públicos (laboratórios, clínicas e hospitais), que requerem recolhimento e transporte adequados para os devidos fins. Existem também os resíduos da logística reversa, que são de responsabilidade dos fabricantes, que têm a incumbência de receber o material de volta e direcioná-lo para a reciclagem ou para o descarte correto.

Fica claro, ainda, que, a partir desses objetivos, abre-se uma discussão importante com toda a sociedade: todos nós temos a responsabilidade de transformar nossos padrões de consumo. Hoje, diversas instituições e organizações têm colocado isso em prática. O desenvolvimento econômico sustentável passa pela prosperidade dos negócios sustentáveis e dos territórios e, principalmente, pela inclusão social.

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