JF Imperadores quer reconquistar torcedores

Sob novo comando desde o fim da parceria com o Cruzeiro, equipe local de futebol americano busca retomada este ano e faz seletiva


Por Bruno Kaehler

12/01/2019 às 14h40- Atualizada 14/01/2019 às 17h55

Nas palavras de Germano Roberto, que substituiu Laércio Azalim na presidência do JF Imperadores em maio do ano passado, a temporada 2019 chega para “reconquistar a torcida da cidade, mostrar que nós somos um novo Juiz de Fora Imperadores, não somente no uniforme, mas na atenção ao torcedor que nós poderemos dar daqui para a frente. Podem esperar mais jogos na cidade, camisas de torcida exclusivas e muitos produtos oficiais do time em parceria com vários fornecedores diferentes.”

Os compromissos da equipe já começam na manhã deste domingo (13), às 9h, com uma seletiva na Praça Cívica da UFJF. As inscrições foram realizadas em link disposto na página do time no Facebook, custando R$ 10. Mas há como ir neste domingo apresentando documento. No mesmo horário, as cheerleaders da equipe também farão seletiva para quantificar o grupo, a R$ 5.

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Atual presidente do JF Imperadores, Germano Roberto Sobrinho, quer que o time reconquiste a torcida para a temporada 2019 (Foto: Diogo Oliveira)

Segundo Germano, este é o início de um processo importante para a sequência do projeto que atraiu centenas de juiz-foranos sobretudo em 2017. “Aos poucos vamos reconquistando nossos torcedores e admiradores, demos um passo em uma direção errada, agora seguiremos por outro caminho e aprendendo cada vez mais na difusão do esporte pela cidade”, diz.

Pé no chão

Germano, 30 anos, é estudante de Educação Física pela UFJF e um apaixonado pelo esporte desde 2015, quando começou a praticar e buscar conhecimento específico. Apesar de ter assumido a função de mandatário da equipe em maio do ano passado, a ligação com o futebol americano local vem de pelo menos quatro anos.

“Cheguei fazer parte do JF Mamutes, porém fiquei mais tempo na diretoria. Havia me lesionado na faculdade, o que me afastou por um bom tempo dos treinos e jogos. Quando fundamos o JF Imperadores, o projeto era migrar para a modalidade full pad (com equipamento), mas como eu não tinha os materiais, fiquei na diretoria de marketing”, conta.

Na parceria com o Cruzeiro, Germano atuou como coadjuvante, sem uma função definida. A ruptura o levou à presidência por uma necessidade de retomada depois da desistência da disputa da elite nacional, a BFA, pelas dificuldades financeiras.

“O time precisava de um novo fôlego, uma forma de renovar a imagem. Desde que assumi, o trabalho foi árduo, até o fim de 2018, mas foi possível mudar e aperfeiçoar muitas coisas nesse período. Perdemos um pouco da nossa identidade com a cidade com a parceria com o Cruzeiro e a desistência da BFA foi em consequência disso, pois ficamos sem caixa para fazer os jogos, e o número de atletas diminuiu consideravelmente. Todos esse problemas serviram para podermos pensar mais com o pé no chão.”

Do céu ao inferno

O Juiz de Fora Imperadores vivenciou, em apenas dois anos, experiências vitoriosas e trágicas dentro e fora dos gramados. No primeiro ano de projeto, em 2017, após a fusão entre JF Red Fox e JF Mamutes, a equipe conquistou o acesso à Brasil Futebol Americano (BFA), elite nacional do esporte da bola oval, com partidas na UFJF envolvendo centenas de torcedores que abraçaram o novo time municipal. O auge, contudo, não chegaria à competição dos sonhos para os juiz-foranos. Em março, a equipe anunciou parceria com o gigante Cruzeiro. O acordo, contudo, gerou insatisfação dos juiz-foranos, que alegaram perda da identidade com o município diante da aproximação com a capital mineira, e durou menos de três meses. Oficialmente, o “grande desafio logístico que o projeto exigia” foi determinante na ruptura.

“Perdemos um pouco da nossa identidade com a cidade com a parceria com o Cruzeiro e a desistência da BFA foi em consequência disso, pois ficamos sem caixa para fazer os jogos, e o número de atletas diminuiu consideravelmente. Todos esse problemas serviram para podermos pensar mais com o pé no chão”
Germano Roberto Sobrinho, presidente do JF Imperadores

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O inesperado fim da parceria, que tinha como objetivo principal a participação na BFA, também impossibilitou, financeiramente, a participação do JF Imperadores, agora só, na principal competição do país no futebol americano. A desistência, porém, gerou punição aos locais da perda da vaga na BFA  e Liga Nacional (segunda divisão) de 2019, além de multa de R$ 5 mil. Desde então, o JF Imperadores junta os cacos para uma retomada do projeto.

 

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