Novo HR-V chega a JF com nova cara e mesma potência

Segundo SUV mais vendido do país, Honda HR-V pega leve nas mudanças para a versão 2019


Por Wendell Guiducci

29/11/2018 às 07h00- Atualizada 29/11/2018 às 12h55

Honda-HRV-Test-Drive
Foto: Leonardo Costa

Ainda que sejam traiçoeiros os ditados populares, o jargão futebolístico “em time que está ganhando não se mexe” pode muito bem ser aplicado ao Honda HR-V, carro-chefe da montadora japonesa no Brasil, que acaba de passar por um face-lift e receber algumas melhorias técnicas em sua versão 2019, já circulando em Juiz de Fora. Líder de vendas da Honda no país — emplacou 40.936 unidades este ano no acumulado até outubro, segundo dados da Fenabrave, praticamente o dobro do que vendeu o Honda Fit no mesmo período, 22.587 carros — e segundo SUV mais vendido do país, atrás somente do Jeep Compass, o HR-V conquistou a confiança dos consumidores com uma eficiente equação que balanceia segurança, desempenho e economia.

De cara, o que chama atenção do conhecedor do HR-V é a mudança — a primeira desde que o carro chegou ao Brasil, em 2015 — na grade frontal, que agora tem uma faixa cromada mais larga. Os nichos do farol de neblina também estão maiores, o que, junto com a nova grade, sugere um visual um pouco mais robusto. Se não muda o desenho externo, os faróis ganharam um novo conjunto ótico elíptico e luzes diurnas de led, que agora estão disponíveis desde a versão de entrada, assim como os faróis de neblina e as lanternas traseiras, também equipadas com led e máscara escura na parte inferior. Aliás, uma das principais mudanças nas encarnações 2019 do HR-V é a presença de equipamentos que, antes, só estavam disponíveis nas versões topo de linha. Agora, por exemplo, não existe mais HR-V com câmbio manual: todos saem de fábrica com câmbio CVT de sete velocidades.

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Por dentro, também poucas mudanças. Apenas o console central muda de fosco para black piano, e alguns nichos passam a ter molduras cromadas. Os bancos são bastante confortáveis, daqueles que “abraçam” o motorista, com as laterais mais altas e, na versão topo de linha, revestidos com couro, assim como o volante, equipado com controles de áudio e velocidade de cruzeiro, disponíveis desde o modelo mais simples. O ar-condicionado é manual apenas na versão de entrada, LX. Nas outras duas disponíveis, EX e ELX, é digital. Mas o grande trunfo do HR-V na parte interna permanece o mesmo: o espaço na frente é ótimo, mas para os passageiros que viajam atrás é espetacular (se não o melhor, um dos melhores da categoria), levando três passageiros sem aperto. E o porta-malas é de respeito, com capacidade para 437 litros.

Honda-HRV-Test-Drive
Foto: Leonardo Costa

Evolução invisível, mas sensível

Se em termos visuais não há tanta mudança no HR-V, por dentro há discretas e eficientes alterações. A Honda trabalhou dezenas de ajustes de suspensão até chegar à combinação — MacPherson na dianteira e barra de torção na traseira — que assegura ao SUV uma confortável condução, entre a firmeza tradicional da Honda e a suavidade que pede um crossover urbano. O sistema stop hidráulico também colabora muito para reduzir os baques, como pudemos testar nas crateras de Juiz de Fora. O câmbio CVT ganhou uma nova programação, com rotações mais baixas nas mudanças, especialmente as intermediárias, mais adequadas ao desempenho nas ruas. Mas, se gostar de dar uma “esgoelada” e uma pilotagem mais aventureira, o freguês pode optar pelo modo de condução “Sport”, que trabalha com o câmbio mais reduzido. A direção elétrica progressiva faz com que a gente sinta o carro literalmente “na mão”, mesmo em velocidades mais altas.

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Foto: Leonardo Costa

O motor de 1.8 litro de 16 válvulas, flex, continua o mesmo, o que garante outro trunfo do HR-V: o consumo. Segundo dados do Inmetro, o carro faz até 11 km/l na cidade e 12,3 km/l na estrada, com gasolina, e 7,7 km/l, na cidade, e 8,6 km/l, na estrada, com etanol.

Condutores que possuem o carro garantem que vai além disso. O mais curioso é que, diferente da maioria dos automóveis, a maior potência é atingida com gasolina, 140 cv (a 6.500 giros). Com álcool, cai ligeiramente para 139 cv (a 6.300 giros), uma diferença imperceptível.

Mais caro
Embora tenha subido de nível em todas as suas versões, a ELX, topo de linha, ainda reserva alguns mimos diferenciados. É o caso, por exemplo, do revestimento de portas em couro sintético, dos seis airbags (frontais, laterais e de cortina) e da tela de 7 polegadas da central multimídia — as outras configurações têm tela de 5 polegadas —, com interface para Android Auto e Apple Car Play. Mas outros predicados, como controle de estabilidade e tração, sistema de alerta de frenagem emergencial, assistente de partida em rampa, entre outros, vêm de série em todos as três versões do HR-V. Tantos apetrechos fizeram com que o carro ficasse até R$ 3 mil mais caro em sua versão 2019. Os preços partem de R$ 92.500 e podem chegar até R$ 108.500.

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