Família de meninas abusadas terá auxílio social, psicológico e jurídico

Integrantes do Creas vão se reunir nesta sexta-feira para definir que ações serão destinadas à família das meninas vítimas de estupros recorrentes praticados pelo pai


Por Vívia Lima

23/11/2018 às 07h00

Uma reunião nesta sexta-feira (23) deverá definir as ações que irão auxiliar a família das meninas abusadas sexualmente pelo próprio pai. O caso causou comoção na cidade, e muitos se mobilizaram com doações para as vítimas e seus familiares. Nesta quinta-feira (22), representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), responsáveis pela Zona Norte, estiveram no imóvel. No local de apenas cinco cômodos, elas dividem o espaço com a mãe, a avó materna e outros seis irmãos de 6 meses, 3 e 4 anos, e três meninos, de 5, 7 e 13 anos, ficou constatado que vivem em “situação de vulnerabilidade social”, já anteriormente identificada pelo Conselho Tutelar, como mostrou a Tribuna nesta quarta.

Por meio de nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou à reportagem que “serão avaliadas as ações que deverão ser empregadas à família, com auxílio de assistente social, psicólogo e advogado”. Conforme a nota, “o Creas é uma unidade pública que oferta serviços especializados e continuados a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos”. A secretaria destacou ainda que o “Cadastro Único da família foi atualizado em agosto deste ano, e aguarda a liberação de pagamento do Governo Federal, uma vez que foi incluída no Acompanhamento Familiar e será inserida no Programa de Segurança Alimentar”, quando os grupos familiares são atendidos com cestas básicas mensalmente.

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Campanha encerrada

Desde a última terça-feira, depois que os episódios violentos vieram à tona após a denúncia da avó das meninas, a Polícia Militar iniciou campanha a fim de arrecadar donativos destinados aos familiares das vítimas. O sargento Bento Filho, um dos responsáveis pelo atendimento à ocorrência, postou um vídeo nas redes sociais, pedindo ajuda. Rapidamente o vídeo teve milhares de visualizações e foi amplamente divulgado com auxílio da imprensa. O fato causou comoção, e grande parte de produtos foi chegando a três pontos de coletas espalhados por Juiz de Fora. Nesta quinta-feira, a polícia encerrou a mobilização após reunir alimentos, peças de vestuário, material de limpeza e higiene. “Agradecemos a participação de todas as pessoas, órgãos e entidades que, de alguma forma, nos auxiliaram a levar um pouco mais de dignidade a essa família carente”, agradeceu a corporação.

Tópicos: estupro / polícia

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