Polícia já tem plano de segurança para as eleições
O comandante da 4ª Região de Polícia Militar, coronel Alexandre Nocelli, deve encaminhar nos próximos dias ao juiz eleitoral José Clemente, que coordena as ações para o pleito na região, o projeto de segurança a ser adotado no dia 7 de outubro. Uma das decisões é colocar pelo menos um policial em cada seção eleitoral para garantir a segurança da população. Dependendo do tamanho, esse número será aumentado proporcionalmente. Os policiais estarão a postos a partir das 5h, o que implica suspensão de férias e na transferência do pessoal administrativo também para as ruas. A razão está no comprometimento do efetivo na segurança de outros 86 municípios sob a jurisdição da 4ª RPM.
Sob vigília
Ante os efeitos dos episódios de quinta-feira passada, quando o candidato à Presidência pelo PSL Jair Bolsonaro foi esfaqueado, o Calçadão da Rua Halfeld também terá atenção especial. Já a partir do próximo sábado e pelos outros dias adiante, em decorrência da campanha eleitoral, o efetivo policial será ampliado na região. Como a militância tende a ocupar o local para apresentar suas causas, o comando da PM considera que é estratégico aumentar a vigilância, sobretudo num cenário em que as redes sociais polarizam cada vez mais as discussões.
Armas, não
O episódio Bolsonaro também deve ter repercussões na Câmara. Os políticos, embora ainda em conversas informais, admitem que, no próximo período de sessões, que começa no dia 17, o uso, ou a guarda de armas, no Palácio Barbosa Lima voltará à pauta. Os vereadores ficam muito expostos, especialmente os que se sentam de costas para a plateia, na qual, muitas vezes, os ânimos ficam exaltados dependendo da matéria em discussão. O tema já foi motivo de forte debate, mas ainda não teve conclusão, daí a necessidade de voltar ao plenário.
Pauta contra
Embora o general Mourão esteja se articulando para substituir o candidato Jair Bolsonaro nos debates – ele vai recorrer à Justiça -, a ausência do líder das pesquisas em tais eventos não é de todo um problema. Ao ser entrevistado na Rádio CBN Juiz de Fora, o cientista político e professor da Universidade Federal de Viçosa Diogo Tourino destacou que, desta forma, Bolsonaro deixa de criar uma pauta contra sua própria candidatura, como vinha ocorrendo nos recentes debates, nos quais emitia opiniões que acabavam se voltando contra ele, como a discussão sobre o salário das mulheres. Fora dos debates, não há esse risco, enfatizou. O professor lembrou, porém, que o grande problema do candidato do PSL é a rejeição, pois esta, ao contrário da aprovação, tende a ser mais sólida, sendo de difícil alteração. E ela tem influência direta num eventual segundo turno.