Médicos do Sírio-Libanês chegam a JF e descartam transferência de Bolsonaro

Candidato atacado em Juiz de Fora segue internado na Santa Casa de Misericórdia por tempo indeterminado


Por Tribuna

07/09/2018 às 00h04- Atualizada 07/09/2018 às 07h23

Flavio Bolsonaro postou foto do pai em rede social durante a madrugada e garantiu que candidato está bem (Foto: Reprodução)

Três médicos do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, chegaram a Juiz de Fora no fim da noite desta quinta-feira (6) para avaliar o estado de saúde de Jair Bolsonaro (PSL), após ataque ao candidato à Presidência da República no Centro da cidade.

Assim que chegaram à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, os médicos formaram uma junta com outros dois profissionais da instituição. Em avaliação preliminar, eles afirmaram que uma transferência do candidato entre hospitais está descartada neste momento.

PUBLICIDADE

Ainda conforme os especialistas, Bolsonaro precisa ter o mínimo de estabilidade hemodinâmica para que haja a transferência. Uma nova avaliação está prevista para as 8h desta sexta-feira (7). A Santa Casa de Misericórdia divulgou nota, onde confirma as informações.

Fazem parte da junta médica os médicos da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora Luiz Henrique Borsato, cirurgião do aparelho digestivo, e Eduardo Borato, cardiologistta. Ludmila Abrahão Ajjar, Filomena Galãs e Juliano Pinheiro de Almeida fazem parte do corpo médico do Sírio-Libanês.

Esposa de Bolsonaro também está na cidade

Por volta de 23h40, a esposa do presidenciável, Michelle Bolsonaro, também chegou a Juiz de Fora. Abatida, deixou o carro para logo adentrar o hospital, preferindo não se comunicar com a imprensa. Os filhos do casal, Carlos Bolsonaro, que cumpriu agenda junto do pai na cidade, e Flavio Bolsonaro, que veio depois do ocorrido, também estão na cidade.

Embora o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSL) tenha cumprido agenda eleitoral junto ao pai desde a manhã de quinta, Flávio veio para Juiz de Fora posteriormente, tão logo soube do ocorrido, a exemplo do ator Alexandre Frota (PSL), apontado pelo presidenciável como ministro da Cultura em caso de vitória. O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, em contrapartida, está na cidade desde a manhã e também fez-se presente na unidade hospitalar.

Na madrugada desta sexta (7), Flavio, que é candidato a senador, postou uma foto, tirada na Santa Casa, de Jair Bolsonaro sorrindo e fazendo sinal de “positivo”. Na postagem, o filho do candidato aproveitou para certificar os seguidores de que o pai está bem, e garantiu que ele está bem.

O senador Magno Malta (PR) também esteve na Santa Casa na noite de quinta, prestando apoio ao candidato e sua família.

“Uma facada na bandeira”

O senador Magno Malta (PR) chegou à Santa Casa, nesta quinta-feira (5), poucos minutos após 23h. O congressista estava em Belo Horizonte quando foi avisado pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) sobre o atentado. Malta, então, deslocou-se para o Rio de Janeiro, de onde se dirigiu para Juiz de Fora. Conforme o senador, ainda conhecia poucas notícias e veio “acompanhando com Flávio o estado de saúde dele (Jair Bolsonaro)”. Para Malta, “o atentado é um acinte ao Brasil. É como se ele (Adelio de Oliveira Bispo) tivesse dado uma facada na bandeira.”

O conteúdo continua após o anúncio

“A princípio, achava que a cirurgia era nada, que era pouca coisa, e, depois, soube que era mais grave, como ainda é. Vou subir agora para ver a situação. Não tenho mais do que vocês já têm”, contou Malta à reportagem, às pressas, quando chegou à Santa Casa. Questionado sobre a hipótese de premeditação do atentado, afirmou que o suspeito “é um cara que estudou (…), preparado, militante político”. “A Polícia Federal é competente. Ela tem as suas suspeitas e, com isso, tem mecanismos de quebra de sigilo… a Polícia Federal vai chegar (à conclusão de premeditação do crime)”, afirmou.

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.