Vai valer a pena?


Por Renato Salles

05/09/2014 às 07h00

As eleições só acontecem em outubro, mas Dunga já tem seus eleitos para tentar reconstruir um Brasil dizimado por alemães, no massacre histórico dos sete gols. Entre mortos e feridos na última Copa, salvaram-se dez remanescentes que, a partir de hoje, contra a Colômbia, terão a chance de reeditarem seus capítulos nos futuros compêndios esportivos. Mas será que Ivan Lins estava certo ao cantar que vai valer a pena começar de novo?
No papel, as alterações de nomes entre o time de logo mais e o do fiasco contra a Alemanha não trazem maiores novidades. As entradas de Miranda, Filipe Luís e Diego Tardelli, que não disputaram a Copa, são pouco animadoras. Com Neymar como única esperança, o que se pode esperar é uma mudança na forma de atuar.
Os primeiros sinais de que Dunga apostará em novo esquema ficam claros com a opção por dois meias de velocidade – Oscar e Willian – e por um time sem centroavante. Até me parece uma boa escolha de momento, mas tenho a impressão de que as velhas práticas prevalecerão. Assim, tão logo apareça os primeiros resultados negativos, estará de volta o futebol de resultados e a renovação estrutural tão necessária ficará adiada para 2022.

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