Nova Kawasaki Ninja chega ao Brasil em agosto
Há tempos a Kawasaki olha de maneira especial para o Brasil em relação à sua linha de superesportivas. Tanto que seus lançamentos por aqui são cada vez menos espaçados com as datas de apresentação dos modelos lá fora. Uma prova disso é que, ainda no apagar das luzes de 2016, a linha 2018 da Ninja H2 já estava em pré-venda. Agora, é essa linha mesmo que ganhará uma nova integrante, a partir do próximo dia 15. Com uma vocação para o asfalto, a nova Ninja H2 SX SE, apresentada pela primeira vez no Salão de Milão, em novembro do ano passado, chega às concessionárias brasileiras pelo preço sugerido bem salgado: R$ 129.990.
A SX estreia uma nova versão do motor supercharged de 4 cilindros e 998cm³. As mudanças incluem uma turbina desenvolvida especificamente para ela, aliada a diversas mexidas na admissão, comando de válvulas, câmara de combustão e escapamento. De acordo com a Kawasaki, as alterações resultaram em uma redução de consumo que pode chegar a até 25%. O ponto chave foi ampliar a eficácia térmica do motor. Por um lado, aumentou-se significativamente a taxa de compressão, de 8,5:1 para 11,2:1 e uma nova caixa de ar passou a atuar com um coletor de admissão de geometria variável, com os dutos 1 e 4 mais curtos que 2 e 3. Essas mudanças permitiram que as válvulas de admissão fossem reduzidas, de 50 mm para 40 mm, e os cames do eixo de comando redesenhados para menores tempos de admissão e exaustão. Também o coletor de escapamento pode receber dutos de menor diâmetro, passando de 45 mm para 42,8 mm.
A Ninja H2 SX SE apresenta um rotor no turbo projetado pela Kawasaki. O tamanho é o mesmo, mas formato e ângulo das lâminas da turbina foram otimizados para maior eficiência energética. Esse propulsor rende 200 cv a 11 mil rpm ou 210 cv, quando o sistema de admissão envia mais ar frio para dentro das câmaras. O torque é de 14 kgfm a 9.500 rpm. A transmissão é de seis velocidades e do tipo dog-ring, sem sincronizador, para não haver perda de velocidade das engrenagens na troca — este sistema é comumente encontrado nos modelos do mundial de MotoGP e Fórmula 1. Ela atua em conjunto com quick shifter para subida e redução de marchas, que elimina a necessidade de uso da embreagem quando em movimento.
Para acomodar um passageiro e bagagem, o chassi de treliça da Ninja H2 foi redesenhado para a H2 SX SE. A caixa de direção foi movida para frente em 15 mm, permitindo maior ângulo de esterçamento — de 27° para 30° — e facilitando manobras em baixa velocidade. A inclinação do motor para frente em 2° favorece o centro de gravidade baixo. Uma estrutura traseira mais robusta e longa permite carga útil de 195 kg, contra 105 kg possíveis na Ninja H2. Assim como a H2, a Ninja H2 SX SE possui braço oscilante apenas de um lado e o braço foi alongado em 15 mm. Já a distância entre-eixos é 25 mm mais longa.
O sistema de suspensões é totalmente ajustável tanto à frente quanto atrás. O garfo invertido de 43 mm pode ser ajustado quanto à compressão, retorno e pré-carga de mola. A suspensão traseira com amortecedor a gás e reservatório externo também permite ajustes de compressão, retorno e pré-carga. O pacote de assistência eletrônica inserido na H2 SX SE inclui controles de largada, tração e cornering ABS, além de uma central inercial — assinada pela Bosch — que monitora seis parâmetros de inclinação para determinar a posição exata da moto e necessidade precisa de atuação de cada assistente. O piloto conta ainda com painel colorido TFT customizável, faróis auxiliares de leds direcionais instalados nas laterais da carenagem e itens de conveniência como controle eletrônico de velocidade de cruzeiro e aquecedor de manoplas.