Zico: ‘Neymar tem condições de dar a volta por cima’

Galinho participa de abertura da Copa Zico em Juiz de Fora nessa segunda, atende fãs e fala sobre as críticas e o futuro do camisa 10 canarinho


Por Bruno Kaehler

16/07/2018 às 20h16

Zico esteve nessa segunda pela manhã no Centro de Futebol que leva seu nome para a abertura de evento de futebol society que reúne 56 equipes (Foto: Olavo Prazeres)

O maior ídolo do Flamengo, Zico, desembarcou novamente em Juiz de Fora na manhã dessa segunda-feira (16) para participar da abertura da Copa Zico Juiz de Fora, evento de futebol society que reúne 56 equipes da cidade, além de outros municípios mineiros e até fluminenses nas categorias sub-6, sub-8, sub-10, sub-12, sub-14 e sub-16 no Centro de Futebol Zico/JF. Entre as primeiras partidas do torneio e dezenas de autógrafos e fotos com crianças e familiares, o Galinho atendeu a imprensa e revelou que espera que o atual camisa 10 da Seleção Brasileira, Neymar, dê a volta por cima após as críticas sofridas com as quedas e má atuações na Copa.

“A gente fica chateado com as críticas, pela forma como tem acontecido. Ele veio de uma cirurgia, é sempre complicado você criar condições e principalmente em uma Copa do Mundo. E as pessoas acabaram, talvez devido à preocupação dele em não receber nenhuma pancada no local tentando ser mais ágil, criando essa celeuma. Na vida, quando passamos por essas dificuldades, temos que deixar para lá, seguir em frente e mostrar com o tempo que as pessoas estavam erradas. É um craque, tem todas as condições de dar a volta por cima, se tornar novamente um dos melhores do futebol mundial, onde não chegou à toa, mas por seus méritos”, analisa.

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Em meio às centenas de crianças na competição, que vai até a próxima segunda (23), Zico não vê uma preferência maior por atletas estrangeiros e um menor sentimento de patriotismo com as derrotas acumuladas sobretudo após o 7 a 1 alemão. A demanda, segundo o ex-craque, é de suporte aos atletas para que a reviravolta aconteça.

“Em termos de patriotismo não é preocupante porque isso não tem nada a ver com futebol. O futebol ajuda, é uma ferramenta cada vez mais importante para o nosso país, mas acho que o patriotismo é no dia a dia, com nossos hábitos, dos meninos na escola, e não jogar essa carga toda para o futebol. Lógico que quando você perde e tem situações inesperadas como o 7 a 1 e o Neymar não ir bem, é complicado. Mas é a vida, nem tudo são flores. O Brasil teve suas glórias, seus grandes ídolos, e quando a coisa não está boa temos que dar apoio e fortalecer para que as coisas boas voltem. Futebol o Brasil tem, o povo gosta, é importante, então os jogadores têm que entender isso se quiserem dar a volta por cima”, afirma.

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