Eugênio fecha treino e faz mistério para formar equipe do Tupi

Não é do feitio do treinador carijó Eugênio Souza, mas o Tupi treinou de portas fechadas à imprensa na manhã dessa quinta-feira (12), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, horas antes de embarcar para Ribeirão Preto (SP), onde encara o Botafogo-SP no Estádio Santa Cruz, sábado (14), às 16h, pela 14ª rodada da Série C. Sem o zagueiro Wellington Reis, lesionado, além dos atacantes Paulinho e João Vitor, suspensos pelo acúmulo de cartões amarelos, o comandante do Galo quebra a cabeça para escalar a equipe, que não vence há três partidas na competição.

Soma a isso o fato de o técnico adversário ser Leo Condé, profissional juiz-forano e cria do Tupi, profundo conhecedor do clube. O conjunto de fatores justificou a decisão de Eugênio de esconder a equipe com primeiro treinamento fechado desde que assumiu o comando técnico alvinegro.

“É tudo um pouco. Lógico que a imprensa não tem culpa de nada, pelo contrário, tem ajudado independente de crítica. Faz parte do futebol. Gosto de treinos abertos porque acho que o que se resolve é dentro de campo e posso escalar um time, treinar, chegar no vestiário e mudar uma posição que pode interferir no trabalho adversário. É mais por precaução. Viemos de três derrotas, queremos deixar os jogadores mais tranquilos”, explicou o técnico antes da atividade começar.

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Para a zaga, Mateus herda naturalmente a vaga de Wellington Reis. É no setor ofensivo onde moram as incertezas. O atacante Wellington Barbosa, de características similares às de Paulinho e João Vitor, poderia ser o substituto. O jogador, contudo, volta de séria lesão e ainda aprimora ritmo de jogo.

“Ele entrou nesse último jogo (contra o Cuiabá), e foi uma oportunidade que tinha pensado para dar mais velocidade e, com isso, mais ritmo de jogo para ele, que vem demonstrando muita qualidade e vontade nos treinamentos. É um jogador importante, ainda mais no momento em que estamos, e espero que, a cada jogo, possa crescer. Creio que ainda não está preparado para começar o jogo, mas durante a partida pode ser utilizado”, conta Eugênio.

Logo, o comandante passa a ter três opções principais. As duas primeiras seriam de encorpar o meio de campo, que já conta com a trinca de volantes formada por Marcel, Leo Salino e Leo Costa, com Rodrigo Dantas ou Diego Luis, meio-campistas de menor velocidade. A outra teria sido testada justamente na atividade dessa quinta. O polivalente Magalhães avançaria da lateral esquerda para o ataque do mesmo lado, com o volante Ronaldo Kalu na função pelo flanco. Desta forma, o Tupi atuaria com Vilar; Rodrigo Dias, Sidimar, Mateus e Kalu; Marcel, Leo Costa e Leo Salino; João Willian, Potita e Magalhães.

O Galo é o oitavo colocado da Série C com 14 pontos somados, a apenas um de distância para o Volta Redonda, primeiro clube na zona de rebaixamento. O Botafogo-SP, por sua vez, é o terceiro, com 24 pontos, vem de duas derrotas fora de casa, mas está invicto como mandante. Nos últimos quatro confrontos em São Paulo, a Pantera conquistou quatro vitórias.