Mais um prazo

A três meses das eleições, partidos e candidatos aceleram suas ações, mas o eleitor ainda não sabe direito o que pensam os pretendentes aos postos no poder


Por Tribuna

07/07/2018 às 07h00

A partir deste sábado, os pré-candidatos estão proibidos de participar de exposições públicas, como inaugurações e liberação de emendas – por recomendação da legislação eleitoral. Também cessam as desincompatibilizações para algumas áreas, como militares, interessadas em participar do jogo das urnas de outubro. Tais prazos indicam o avanço da campanha, embora somente a partir do dia 20, com o início do período de convenções, é que será possível definir de vez quem serão os atores de 2018. A maioria está nas ruas, mas nem sempre esse quadro se repete após as convenções. Surgem as composições e as desistências próprias dos acordos que serão firmados.

Tanto na instância federal quanto no estado ainda há incertezas que serão dirimidas pelas convenções, mas já é possível depreender que, embora curta, a campanha será vital para definição do processo político. Os pré-candidatos já começam a apresentar os seus projetos, mas boa parte deles, a despeito disso, ainda não conseguiu convencer, sobretudo, os segmentos formadores de opinião. E as pesquisas mostram essa incerteza. O número de indecisos ainda é expressivo assim como o de eleitores interessados em anular o voto.

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O dado preocupante é a falta de debate sobre a formação dos legislativos. Embora a eleição para presidente e governador capitalize as atenções, é necessário avaliar o pleito para deputados e senadores. O presidente, ou o governador, por melhor que seja o seu programa de governo, não conseguiria implementar suas ideias com assembleias e Congressos desconectados de seus propósitos.

O eleitor tem que agir para evitar a eleição de candidatos interessados em questões pessoais ou de grupos restritos, pois, em vez de serem fiscais do Governo ou representantes populares, serão atores do balcão de negócios que todos os dias vem à tona, como ocorreu na última quinta-feira, quando o ministro em exercício do Trabalho pediu para sair após ser afastado temporariamente do cargo por uma ordem judicial.

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