A vez das cerâmicas artesanais

Por Luiz Henrique Duarte, designer de interiores 

02/07/2018 às 12h43 - Atualizada 03/07/2018 às 10h05

As cerâmicas artesanais brasileiras integram todos os projetos contemporâneos da arquitetura de interiores, humanizando de forma personalizada os ambientes. Estes acessórios ornamentais esculpidos à mão são versáteis e com características multifuncionais, apresentando formas e tamanhos variados, evocando um estilo rústico e sofisticado ao mesmo tempo. As cerâmicas são objetos decorativos coadjuvantes e podem ser utilizadas com outros adornos complementares, de materiais diferentes e que já fazem parte da ambiência. Alguns marchands das principais galerias de arte moderna do país consideram as cerâmicas como os novos cristais da decoração, recebendo grande valorização mercadológica, sejam esculpidas por artistas plásticos consagrados ou por simples artesãos regionais.

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Cerâmica e design

As cerâmicas podem ser moldadas em diferentes técnicas, seguindo linhas de produções distintas e utilizando métodos peculiares divergentes, de acordo com cada ceramista. A palavra cerâmica origina-se do termo grego keromikós e significa uma substância queimada, geralmente a uma temperatura de 540º ou até superior. As cobiçadas peças são confeccionadas em argila, somando ao seu design algumas etapas para sua concepção, como moldar, secar, quebrar e finalmente esmaltar. Para obter um produto final de qualidade, é necessário a repetição deste processo quantas vezes for necessário. A paleta de cores archfashion também pode ser conferida nas cerâmicas conceituais, fabricadas para coleções especiais à cada estação.

Segundo a artista plástica Adriana Lopes, que está sempre experimentando novos materiais em suas peças para promover o acabamento final, como o ferro e a madeira, “as cerâmicas apresentam uma enorme valorização no mercado do design artístico e da gastronomia”. As cerâmicas podem ser classificadas em artísticas, industriais e até mesmo tradicionais, que reúnem em seu processo de fabricação matérias-primas de baixo custo, abundantes na natureza, como argila, feldpastos e calcário.

Como escolher e usar

– As peças decorativas devem apresentar medidas proporcionais aos ambientes

– Sempre utilize cerâmicas com cores e texturas fáceis de combinar

– As cerâmicas com design arrojado merecem um destaque dentro dos ambientes

– Todas as cerâmicas podem ser expostas com os adornos nobres, como cristais e muranos, agrupando-os ou setorizado em pontos diferentes

– As esculturas de parede merecem um efeito de luzes e sombras

Peças e utilitários

– As peças pequenas e médias podem ser expostas sobre aparadores, mesas de centro e nichos

– Castiçais, luminárias e jarras podem ser introduzidos em ambientes de estar e jantar

– Aparelhos de jantar e utilitários domésticos ficam ótimos em vitrines espelhadas, cristaleiras clássicas ou prateleiras de apoio em cozinhas gourmet

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– Pequenos pufes em cerâmica funcionam como elementos escultóricos

– Cerâmicas robustas podem ser misturadas com outras delicadas, como as confeccionadas em racu, uma técnica japonesa milenar

Ficha técnica

Adornos e utilitários  – Atelier Adriana Lopes

Produção – Adriana Lopes e Luiz Henrique Duarte

Fotos – Casa Arrumada

Luiz Henrique Duarte

Luiz Henrique Duarte

Sou bacharel em direto, designer de interiores graduado, jornalista apaixonado por arte clássica e contemporânea, arquitetura e tudo relacionado à estética espacial dos ambientes e do bem viver.

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