Alemanha bate a Suécia de virada e embola o Grupo F

Quatro equipes chegam à rodada decisiva com chances matemáticas de classificação às oitavas


Por Agência Estado

23/06/2018 às 17h24- Atualizada 23/06/2018 às 17h32

Toni Kroos foi o nome do jogo: entregou um gol para a Suécia e marcou o decisivo para a Alemanha (Fotos: Fifa.com)

A Copa do Mundo mostrou uma lição neste sábado: é melhor não duvidar da Alemanha. Em crise, com um jogador a menos e perto de ser eliminada do torneio, a atual campeã mundial conseguiu buscar um resultado heroico para se reerguer e se manter viva na disputa. Toni Kroos, nos acréscimos, garantiu os 2 a 1 sobre a Suécia, no Fisht Stadium, em Sochi, e a reação do time que havia perdido na estreia por 1 a 0 para o México.

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A determinação da Alemanha foi fundamental para evitar o vexame de cair na primeira fase pela primeira vez em 80 anos. A Suécia começou melhor e abriu o placar, porém pela tamanha fixação em defender sem ter opções de contra-ataque, acabou punida no final Toni Kroos, que havia falhado no gol sueco, colocou a bola no ângulo para garantir a virada e a sobrevivência. Na última rodada, os alemães enfrentam a Coreia do Sul, enquanto que os suecos encontram os mexicanos. Todos ainda têm chances de classificação.

A vitória do México mais cedo sobre a Coreia do Sul obrigava a Alemanha a vencer para não chegar à ultima rodada na dependência de outro resultado. Uma pressão traduzida em ataques e velocidade no começo da partida. Apenas nos 10 primeiros minutos, foram três chegadas à pequena área da Suécia, uma blitze que parecia fadada a resultar em gol a qualquer instante.

A resistência sueca foi grande neste início, incentivada principalmente pela animada e musical torcida de amarelo em Sochi. Se chutes para lateral e desarmes já causavam alvoroço, quando Berg saiu livre na cara de Neuer e perdeu chance, o público escandinavo delirou. O lance foi uma espécie de divisor de águas no jogo. Os jogadores grandalhões, de pouca técnica e então presos ao rígido 4-4-2, começaram a se soltar.

Confiante e acostumada a derrotar favoritos, como fez nas Eliminatórias diante de Holanda e Itália, a Suécia começou a avançar e trocar passes. Aos 31 minutos, o gol saiu em uma bonita jogada. O regular Toni Kroos, cérebro da Alemanha, errou o passe, os suecos tabelaram e o atacante Toivonen, de 1,92 metro, teve a sensibilidade de tocar por cobertura para enganar o goleiro Neuer.

Toivonen comemora o gol que abriu o placar

A desvantagem deixou a Alemanha instável. Apesar de quase chegar ao empate, a equipe viu a Suécia melhorar em campo e ter duas chances para ampliar. O intervalo veio em boa hora para o técnico Joachim Löw tentar salvar o time. Foi a oportunidade para conversar, colocar mais um atacante (Mario Gomez) e recomeçar a pressão. Dessa vez deu certo. Logo aos três minutos, Marco Reus finalizou de joelho para empatar.

O jogo continuou tenso para a Alemanha. A Suécia demonstrou resistência e paciência extremas para aguentar o sufoco, não se desorganizar e esperar o momento certo para contragolpear. Os 10 jogadores de linha recuaram totalmente. Os tetracampeões mundiais tinham uma grande posse de bola no campo de ataque e rondavam a área a todo momento com grande dificuldade para entrar.

Quando conseguiam, a finalização saía torta. O drama alemão aumentou aos 36 minutos da etapa final. Boateng levou o segundo cartão amarelo e forçou a equipe a ficar com um a menos. Logo no lance seguinte, a Suécia quase vez. Os atuais campeões do mundo, em desespero, não recolocaram um defensor e gastaram a última substituição com mexida no setor ofensivo. A ousadia levou Mario Gomez a quase fazer um gol de cabeça. O sueco Olsen salvou.

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Kroos lutou muito e foi presenteado com um golaço no apagar das luzes

Os acréscimos foram eletrizantes. O alemão Brandt acertou um chute na trave e, na resposta, a Suécia quase fez. O último lance seria uma falta para a Alemanha no canto esquerdo, próxima à área. Marco Reus ajeitou e Toni Kroos, com maestria, colocou uma bola com curva no ângulo esquerdo alto do goleiro para reacender a esperança de um time que por pouco viu a sua chama apagar.

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