Deputado Estadual Cabo Júlio se entrega em BH

Parlamentar se entregou à Polícia Civil na madrugada desta sexta (8) e ficará preso em um batalhão dos Bombeiros


Por Tribuna

08/06/2018 às 12h36

Defesa do parlamentar entrou com pedido de Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (Foto: Ricardo Barbosa/ALMG)

O deputado estadual Cabo Júlio (MDB), condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto pelo suposto envolvimento na Máfia dos Sanguessugas, se entregou à Polícia Civil na madrugada desta sexta-feira (8) em Belo Horizonte .

Conforme nota oficial enviada pela defesa do deputado ao jornal “O Tempo”, o emedebista foi encaminhado até o 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, onde permanecerá até a análise do pedido de habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

PUBLICIDADE

De acordo com o jornal, Cabo Júlio não será algemado, nem precisará utilizar trajes da Secretaria de Estado de Administração Prisional. A condição especial, segundo a determinação do juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), acontece por conta do mandato parlamentar e pelo político ser reserva do Corpo de Bombeiros.

Ambulâncias superfaturadas

Na tarde da última quinta-feira (7), Cabo Júlio (MDB) teve determinada a execução provisória de pena de prisão por conta de condenação em segunda instância em processo que investiga o envolvimento do parlamentar com a chamada Máfia dos Sanguessugas. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que condenou o deputado mineiro em segunda instância por improbidade administrativa, com o estabelecimento de quatro anos de reclusão e 40 dias multa.

A investigação, iniciada em 2006, apurou esquema de desvio de dinheiro público com pagamento de propina a parlamentares a partir da compra de ambulâncias superfaturadas. De acordo com as investigações, o emedebista seria o autor de 20 emendas orçamentárias para 18 municípios mineiros que se comprometiam a direcionar as licitações a favor de determinadas empresas.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.