PSB reage ao assédio do PT

Por Paulo Cesar Magella

02/06/2018 às 07h00 - Atualizada 01/06/2018 às 19h54

Passou da hora

A despeito de as conversações continuarem em andamento, o PSB de Minas não está disposto a abrir mão da candidatura própria com Márcio Lacerda, para um eventual acordo com o PT do governador Fernando Pimentel. Até o deputado Júlio Delgado, um adversário histórico de Lacerda, acha que, a essa altura do campeonato, o partido não pode abrir mão da candidatura. “O Márcio vem lutando por isso há dois anos; agora, abrir mão desse projeto é um problema para o partido, sobretudo por não vermos condições de apoiar a reeleição do governador Fernando Pimentel”. Júlio lembrou que o PSB não pode repetir a expectativa nacional de ter o ex-ministro Joaquim Barbosa como candidato à Presidência. “Ele era a nossa aposta e, no fim, desistiu, deixando a legenda sem um candidato forte. Não podemos, agora, repetir isso aqui em Minas. A candidatura do Márcio está na mesa e deve continuar, inclusive, para ajudar o próprio partido”, destacou.

Trapalhadas

Líder do PSB na Câmara Federal, Júlio Delgado ironizou o fato de a Agência Brasileira de inteligência – Abin – não ter dado ao presidente Michel Temer um relato completo do que poderia ocorrer com o aumento do preço do óleo diesel. “Ela pode não ter avisado, mas nós avisamos. Eu mesmo, em pronunciamento na tribuna da Câmara, verbalizei a insatisfação dos caminhoneiros com o preço dos combustíveis e alertei sobre a possibilidade de paralisação. Não foi por falta de aviso”. De acordo com Delgado, o governo agiu com arrogância ao ignorar a extensão do movimento e ainda errou ao dialogar com setores que não representavam a categoria.”Foi uma série de trapalhadas”, destacou.

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Agilidade na crise

Passado o momento mais crítico dos reflexos da greve dos caminhoneiros na rotina da cidade, a avaliação dos integrantes do comitê de gerenciamento de crise montado pelo prefeito Antônio Almas na Prefeitura é de que, no caso de Juiz de Fora, foi fundamental a agilidade das medidas definidas desde a última semana. A própria formação rápida do comitê permanente foi apontada como estratégica neste cenário, assim como a publicação do decreto de emergência, já com artigos que previam as dificuldades do reabastecimento, e a articulação com as forças de segurança para a organização dos comboios.

Canal nas redes

O próprio prefeito anunciou as medidas mais estratégicas, sobretudo através de sua página pessoal do Facebook, onde hora mostrava firmeza e controle, como no episódio da denúncia de abusos no abastecimento, e, em outros momentos, passava tranquilidade à população. O resultado de tudo isso foi que, na análise do grupo sobre os noticiários, o controle da situação em Juiz de Fora estava sempre com pelo menos um dia de vantagem em relação às demais, incluindo os grandes centros e o próprio Governo do Estado.

Paulo Cesar Magella

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