Tucanos vão para a convenção em clima de impasse

Por Paulo Cesar Magella

20/05/2018 às 07h00 - Atualizada 18/05/2018 às 20h40

Sucessão tucana

O advogado Eduardo Schröder, atual superintendente do Procon, é um dos nomes cotados para assumir a presidência do diretório municipal do PSDB, em eleição prevista para esta segunda-feira. Ele pode ser uma opção de consenso ante o impasse entre os grupos liderados pelo deputado Marcus Pestana e pelo vereador Rodrigo Mattos. Este, a despeito de estar filiado ao PHS, ainda tem forte influência no ninho tucano. Outra alternativa seria a indicação do ex-prefeito Custódio Mattos. Mesmo sendo ele pai de Rodrigo, ele transita em todas as áreas e tem, ainda, a seu favor, o forte prestígio que goza tanto na direção estadual quanto no comando nacional do PSDB. Fala-se também no nome do advogado José Luiz Mattos, cuja candidatura surgiu numa reunião na última quinta-feira. Pestana, secretário-nacional do PSDB, estará em Juiz de Fora para uma palestra na Universidade Universo, mas não confirmou presença na convenção.

Por informações

A demora dos setores da Prefeitura em responder aos pedidos de informação encaminhados pelos gabinetes da Câmara Municipal tem irritado os vereadores. Adriano Miranda (PHS), por exemplo, ocupou a tribuna para lembrar que o Executivo está desrespeitando a Lei Orgânica do Município, que prevê a obrigatoriedade de acesso à informação, e prometeu acionar a Procuradoria do Legislativo se a prática persistir. Na mesma linha, o vereador Fiorilo (PTC) cobrou “responsabilidade” do Executivo e o compromisso de atender a uma “Casa que é a porta de entrada da população”.

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Por repasses

Em entrevista à rádio CBN Juiz de Fora, na última quinta-feira, o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda (MDB), voltou a criticar o governador Fernando Pimentel (PT) por conta dos atrasos de repasses de impostos como IPVA e ICMS aos municípios. Segundo ele, na semana passada, uma parcela desse montante foi liberada pela Secretaria de Fazenda, o que, segundo ele, não ameniza o sofrimento, especialmente, dos prefeitos de cidades com menos de 10 mil habitantes – maioria no Estado.

Causa municipalista

Julvan Lacerda disse que esses prefeitos são cobrados pela população até na padaria. O presidente da AMM critica a ação de impeachment que tramita na Assembleia, alegando ser uma peça de ficção, usada para promover alguns parlamentares que surfam na rejeição do Governador. Julvan Lacerda, que foi eleito vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, disse também que, quando foi eleito presidente da AMM, foi ao Palácio da Liberdade onde foi recebido por Pimentel. Disse ao governador que o apoiou, inclusive, com seu voto, mas não aceitaria uma política que prejudicasse as causas municipalistas, exatamente o que considera estar acontecendo agora.

Paulo Cesar Magella

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