Com exibição também em JF, Festival Varilux de Cinema Francês anuncia 20 filmes
Evento vai de 7 a 20 de junho, com mostra de produção contemporânea, além do clássico “Z”, de Costa-Gravas
Sim, nós temos cinema francês. Os amantes da sétima arte filmada e falada no idioma de Zinedine Zidane e Albert Camus já podem marcar na agenda o dia 7 de junho, quando tem início a edição 2018 do Festival Varilux de Cinema Francês, que até 20 de junho vai apresentar 20 longas da produção contemporânea do país e um clássico: “Z”, de Costa-Gravas. Em Juiz de Fora, os longas terão exibição no Cineminas Juiz de Fora e UCI Kinoplex Independência. A programação com os dias e horários ainda será divulgada.
No total, 61 cidades brasileiras vão participar do evento, que em 2017 foi considerado o maior de seu gênero no mundo, ultrapassando o Alliance Française French Film Festival, da Austrália, graças aos 180 mil espectadores que assistiram aos filmes. Dentre as cidades que receberão o evento, estão, além de Juiz de Fora, Aracaju (SE), Araçatuba (SP), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Búzios (RJ), Ouro Preto (MG), Palmas (TO), São Paulo (SP), Teresina (PI), Vila Velha (ES), Vitória (ES) e Volta Redonda (RJ), entre outras.
O festival vai apresentar uma seleção de sete curtas produzidos na França, além de repetir uma Mostra de Realidade Virtual com curadoria do cineasta francês Fouazi Louahem, que ainda vai ministrar uma Masterclass de Realidade Virtual. Dentre outras atividades que integram o festival, haverá debates com os integrantes da delegação, ações e sessões educativas, encontro entre profissionais franceses e brasileiros do audiovisual e laboratório de roteiros coordenado por François Sauvagnargues, diretor do Festival Internacional de Programação Audiovisual (Fipa).
Oportunidade rara
O Festival Varilux terá presença de diretores e atores já consagrados e integrantes da nova geração do cinema francês. Os gêneros são variados: há espaço para a comédia dramática “Nos vemos no paraíso”, de Albert Dupontel, passada entre as décadas de 1910 e 1920, em que dois amigos tentam montar uma fraude ligada às homenagens aos mortos na I Guerra Mundial; o terror “A noite dovorou o mundo”, de Dominique Rocher, em que um homem precisa escapar dos mortos-vivos que tomaram as ruas de Paris; a ficção científica “O último suspiro”, de Daniel Roby, em que um grupo de pessoas precisa sobreviver a uma névoa mortal.
Outras atrações são o drama “A aparição”, dirigido por Xavier Giannoli, em que um jornalista é envolvido no caso de um jovem que diz ter visto uma aparição da Virgem Maria; o longa biográfico “Gauguin – Viagem ao Taiti”, que tem Vicent Cassel no elenco e mostra os anos em que o pintor francês passou no território localizado na Oceania; a animação “A raposa má”, de Benjamin Renner e Patrick Imbert, sobre uma raposa que pensa ser uma galinha, um coelho que acha que é uma cegonha e um pato que deseja substituir Papai Noel; e a comédia “O retorno do herói”, de Laurent Tirard, sobre um capitão covarde que é transformado em herói de opereta.
Assim como nos anos anteriores, o Festival Varilux de Cinema Francês aproveita para reapresentar e relembrar um clássico. O escolhido para a edição 2018 é “Z” (1969), de Costa-Gravas, vencedor do Prêmio do Júri e de melhor ator (Jean-Louis Trintignant) no Festival de Cannes, além de ter sido indicado à Palma de Ouro. No ano seguinte, recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro e indicações de melhor filme, diretor e roteiro adaptado. O elenco conta também com Yves Montand e a atriz grega Irene Papas. Inspirado em fatos reais, “Z” mostra o assassinato de um político liberal que teve as investigações atrapalhadas por integrantes da polícia e do exército, mostrando a fragilidade que havia nos regimes democráticos durante os anos 60 frente às forças do fascimo e das ditaduras militares.
Confira a programação completa no site do evento.
