Articulações entre MDB e PT se complicam com candidatura de Dilma ao Senado

Por Paulo Cesar Magella

13/04/2018 às 06h30 - Atualizada 12/04/2018 às 21h24

O ex-prefeito Bruno Siqueira, em entrevista à Rádio CBN, no quadro Pequeno Expediente, reafirmou a intenção de disputar uma cadeira do Senado. Conhece as articulações, que se complicaram ainda mais com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff e de outros bastidores. Mas aí o que está em jogo não é a candidatura em si, e sim a aliança do Movimento Democrático Brasileiro com o Partido dos Trabalhadores. Parceiro de primeira hora e base de sustentação do governador Fernando Pimentel na Assembleia, o MDB se surpreendeu com a entrada da ex-presidente no processo. Até então, o deputado Adalclever Lopes também estava no páreo para o Senado e se vê, agora, com problemas, pois não quer ser a segunda opção. O discurso da candidatura própria ganhou força e é nesse contexto que Bruno se insere.

Sem plano B

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O ex-prefeito foi enfático ao negar que tenha plano B, isto é, pretensão de disputar uma outra candidatura se não obtiver espaço na chapa ao Senado. Segundo ele, tudo se resolve ao seu tempo, sobretudo quando o quadro ainda é incerto para todos os pré-candidatos de todas as instâncias. O cenário só deve ficar mais claro quando se aproximar das convenções, mas ele considera que, para consolidar seu projeto, tem que trabalhar, e muito, já a partir de agora. Por conta disso, deve intensificar seus contatos em Belo Horizonte, embora já o venha fazendo há algum tempo, especialmente com o presidente do diretório estadual, Toninho Andrade.

Na comissão

Por unanimidade dos votos, a deputada Margarida Salomão foi eleita para o cargo de presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados e já anunciou as primeiras reuniões a partir da semana que vem. “A cidade é o espaço social mais relevante da convivência humana no mundo contemporâneo e é também o espaço da luta social dos conflitos que emergem. Todas as políticas se entrelaçam e se cruzam nas cidades”, afirmou. Margarida afirmou que os temas prioritários discutidos neste ano pela comissão serão: saneamento básico, infraestrutura, mobilidade urbana e habitação. Reafirmou a importância de manter uma gestão democrática, como a implementada pelo seu antecessor, deputado Givaldo Vieira (PCdoB/ES).

Transporte intermunicipal

Já foi encaminhado às empresas de ônibus intermunicipais um requerimento, aprovado pela Câmara Municipal, de autoria da Comissão Permanente de Defesa dos Idosos, pedindo a concessão das duas gratuidades ou descontos de 50% nas passagens aos idosos não apenas nos ônibus convencionais – como diz a lei – mas também nos ônibus executivos. Os vereadores receberam vários relatos de que as empresas estariam concentrando as viagens em ônibus convencionais em horários impróprios para a viagem de pessoas da terceira idade, “a fim de não conceder as gratuidades ou desconto”. De acordo com a presidente da Comissão, Ana Rossignoli, os horários concedidos oscilam entre 5h30 e 6h ou entre meia-noite e meia-noite e meia. Para ela, trata-se de um absurdo.

 

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